Réquiem de 2002 - Espasmos. É essa a conclusão a que chego em meio às divagações norturnas do último dia do ano. As reminiscências do passado me provam de forma insofismável que somos pequenos átimos de luz na história. Percebo que um punhado de anos são somente dias atrás. Fatos acontecidos há algumas décadas parecem-me semanas apenas. Tudo tão vívido e próximo. Imerso nessas reminiscências nostálgicas. Vidas que transcorrem em alguns meses. Frágil tempo, o que dizer-lhe colosso? E nessa ode ao passado morto, tão vivo, eu pensava nesse diletantismo notívago, o que dizer sobre o tempo. Eis que recordo da ímpar poesia de Soares Feitosa - mentor do instigante Jornal de Poesia, amigo e poeta - Cronômetro Para Piscinas, onde percebo que a arte liberta! Talvez mais do que o desabrochar dos grilhões que nos solapam os devaneios. A arte materializa o encontro que não tive, os caminhos que não percorri, este beijo que eu não te dei. Nesse ambiente cujo ilogismo é concreto, o tempo se arrasta sofregamente. Cronômetro Para Nossas Vidas, o tempo nem sempre rege a razão no que a arte não lhe permite. A arte não cria, apenas materializa ao agregar letras, a dor lancinante do poeta. E dor é também o prazer infinito, como diria Schoppenheauer. E percebo que quando o Poeta Feitosa estava a agrupar as letras que deram causa ao Cronômetro Para Piscinas, no alfarrábio de sua escrivaninha, trazia consigo um sorriso nos lábios, murmurando à cumplicidade alguns arremedos que lhe ditava o Coronel, sentado na cadeira de balanço ao seu lado. E quando lhe faltavam palavras era ajudado pelos seus cúmplices de poesia. E vejo que o Poeta fazia do imaginário esse mundo maravilhoso que só a arte liberta. Assim vivemos no Século Cem de Ésquilo. E agora enquanto digito estes últimos suspiros de palavra, o Coronel me chega e brada, açoitado com a paráfrase - eu ousaria chamar licença poética - desautorizada, um plágio esdrúxulo dum fato que nunca se deu, mas antes que puxe o gatilho da Lugger que sacara da bainha dos algozes da cultura, ele sorri com os lábios cerrados e me diz: "É doutor, só mesmo a arte, só ela..."
Tal qual o vinho, repousa no fundo da arte alguma verdade que buscamos.
Desejo a todos os amigos leitores um feliz 2003.
Além disso, pouca coisa. E la nave va...
terça-feira, dezembro 31
quinta-feira, dezembro 26
terça-feira, dezembro 24
Xmas - Apesar de minha convicção formada quanto a esta época natalina, principalmente por entender que as pessoas tendem a amiudar em uma pequena data um sentimento inefável que deveria ser diário, ofuscando o real valor da comemoração por motivos menores, mesmo assim eu me rendo às indeléveis reminiscências de infância, e faço minhas as palavras de Lennon, em Happy Xmas (War is Over):
Happy Xmas (War Is Over)
Yoko Ono & John Lennon
(Happy Xmas Kyoko
Happy Xmas Julian)
So this is Xmas
And what have you done
Another year over
And a new one just begun
And so this is Xmas
I hope you have fun
The near and the dear one
The old and the young
A very Merry Xmas
And a happy New Year
Let's hope it's a good one
Without any fear
And so this is Xmas
For weak and for strong
For rich and the poor ones
The world is so wrong
And so happy Xmas
For black and for white
For yellow and red ones
Let's stop all the fight
A very Merry Xmas
And a happy New Year
Let's hope it's a good one
Without any fear
And so this is Xmas
And what have we done
Another year over
A new one just begun
And so happy Xmas
We hope you have fun
The near and the dear one
The old and the young
A very Merry Xmas
And a happy New Year
Let's hope it's a good one
Without any fear
War is over, if you want it
War is over now
Happy Xmas
Happy Xmas (War Is Over)
Yoko Ono & John Lennon
(Happy Xmas Kyoko
Happy Xmas Julian)
So this is Xmas
And what have you done
Another year over
And a new one just begun
And so this is Xmas
I hope you have fun
The near and the dear one
The old and the young
A very Merry Xmas
And a happy New Year
Let's hope it's a good one
Without any fear
And so this is Xmas
For weak and for strong
For rich and the poor ones
The world is so wrong
And so happy Xmas
For black and for white
For yellow and red ones
Let's stop all the fight
A very Merry Xmas
And a happy New Year
Let's hope it's a good one
Without any fear
And so this is Xmas
And what have we done
Another year over
A new one just begun
And so happy Xmas
We hope you have fun
The near and the dear one
The old and the young
A very Merry Xmas
And a happy New Year
Let's hope it's a good one
Without any fear
War is over, if you want it
War is over now
Happy Xmas
sábado, dezembro 21
Mo' Better Blog's - Descobri o Periplus recentemente. Um dos melhores devaneios-em-blog da Web me deu também a honra da referência ao Anomia. Fotografia, Cinema e Música são alguns dos temas recorrentes. A arte do encontro que há na vida, não osbtante os desencontros vários, proporciona esses felizes achados, vez ou outra.
Diana Krall, Live in Paris - Algumas vezes aqui no Anomia, falei sobre a Bela do Jazz. Vejo com grata satisfação a notícia do lançamento na terra tupiniquim do seu álbum Live in Paris. Vale a pena conferir, principalmente nestes tempos dezembros. Quem não conhece a sua participação no excelente "Brazil", um dos últimos trabalhos da Rosemary Clooney, onde Diana Krall participa em algumas faixas nessa saborosa ode à bossa-nova, em conjunto com John Pizzarelli, não imagina o que está perdendo.
Corcovado - É o que me inspira na manhã deste sábado, cujos acordes bailam disrítmicamente no pinho cansado. O fim-de-semana vai começando lenta, gradual e musicalmente. No final de tudo, só mesmo o abstrato é afeito à concretude. E o nirvana está bem ali. Carpe Diem...
Diana Krall, Live in Paris - Algumas vezes aqui no Anomia, falei sobre a Bela do Jazz. Vejo com grata satisfação a notícia do lançamento na terra tupiniquim do seu álbum Live in Paris. Vale a pena conferir, principalmente nestes tempos dezembros. Quem não conhece a sua participação no excelente "Brazil", um dos últimos trabalhos da Rosemary Clooney, onde Diana Krall participa em algumas faixas nessa saborosa ode à bossa-nova, em conjunto com John Pizzarelli, não imagina o que está perdendo.
Corcovado - É o que me inspira na manhã deste sábado, cujos acordes bailam disrítmicamente no pinho cansado. O fim-de-semana vai começando lenta, gradual e musicalmente. No final de tudo, só mesmo o abstrato é afeito à concretude. E o nirvana está bem ali. Carpe Diem...
quinta-feira, dezembro 19
Dia 19 de Luz, Dia de Lua...
Hoje é dia da última lua cheia do ano de 2002.
Como é de praxe, eu rendo minhas homenagens à bela dona branca nua, que com uma agulha de dor, amor, em meu coração tatua.
Apesar de distante, a lua nunca esteve tão próxima de nós, pobres mortais. Não fosse o ilogismo oblíquo que pontua nossa dura caminhada, tão presente hodiernamente, hoje seria o dia de parar por alguns instantes e contemplar o cosmos. Segue novamente, o meu poema em sua homenagem. Um devaneio telúrico, translúcido e máxima expressão do amor que sou, amiúde e errante, nesses dias de mundo. É também um açoite-em-devaneio às minhas reiteradas divagações deste mundo blog, já que no espaço real, me foge sorrateira e perfidamente o tempo, juntamente com os grãos-de-areia que me escapam aos dedos, nesse lúdico balé do ir-se constante da vida. Como disse o Ministro em Drão: ("...O amor da gente é como um grão / Uma semente de ilusão / Tem que morrer pra germinar...")
Ave, lua!
Convite ao nosso encontro de hoje:
Primeiro, ela não se revelou por inteiro, pudicamente foi chegando remansosa.
Em pequenos espasmos de luz, fui sentindo o seu gosto, sua beleza.
Fui corrompido em minha retidão pelo seu charme sem par.
Mansidão que me envolveu num átimo. Companheira, até os confins.
E me chegou toda, desposei-me com ela em minha elucubrações.
Ela me confessa que irá mostrar-se hoje, novamente.
E eu vos convido a desfrutar desse espetáculo, que por poucos segundos é só nosso.
E nada mais "reality" nesse show tão global, que é o seu despertar desnuda.
Nascer que há de ser compartilhado pelos libertos.
Mesmo que distantes, estamos todos em sua sintonia.
Usurpa, do sol, raios que espelha em nossas mentes inférteis.
Lua eu te aguardo hoje em tua gênese.
Convido a todos. Sejamos espectadores passageiros por um minuto!
Quando passarmos, ela há de nos observar. Mas hoje, é só nossa.
Lua cheia, luar que ela me prometeu.
Paremos nossas máquinas, observemos o cosmos.
Divido com todos esse nascer de hoje. Festejêmo-la!
E la nave va...
Hoje é dia da última lua cheia do ano de 2002.
Como é de praxe, eu rendo minhas homenagens à bela dona branca nua, que com uma agulha de dor, amor, em meu coração tatua.
Apesar de distante, a lua nunca esteve tão próxima de nós, pobres mortais. Não fosse o ilogismo oblíquo que pontua nossa dura caminhada, tão presente hodiernamente, hoje seria o dia de parar por alguns instantes e contemplar o cosmos. Segue novamente, o meu poema em sua homenagem. Um devaneio telúrico, translúcido e máxima expressão do amor que sou, amiúde e errante, nesses dias de mundo. É também um açoite-em-devaneio às minhas reiteradas divagações deste mundo blog, já que no espaço real, me foge sorrateira e perfidamente o tempo, juntamente com os grãos-de-areia que me escapam aos dedos, nesse lúdico balé do ir-se constante da vida. Como disse o Ministro em Drão: ("...O amor da gente é como um grão / Uma semente de ilusão / Tem que morrer pra germinar...")
Ave, lua!
Convite ao nosso encontro de hoje:
Primeiro, ela não se revelou por inteiro, pudicamente foi chegando remansosa.
Em pequenos espasmos de luz, fui sentindo o seu gosto, sua beleza.
Fui corrompido em minha retidão pelo seu charme sem par.
Mansidão que me envolveu num átimo. Companheira, até os confins.
E me chegou toda, desposei-me com ela em minha elucubrações.
Ela me confessa que irá mostrar-se hoje, novamente.
E eu vos convido a desfrutar desse espetáculo, que por poucos segundos é só nosso.
E nada mais "reality" nesse show tão global, que é o seu despertar desnuda.
Nascer que há de ser compartilhado pelos libertos.
Mesmo que distantes, estamos todos em sua sintonia.
Usurpa, do sol, raios que espelha em nossas mentes inférteis.
Lua eu te aguardo hoje em tua gênese.
Convido a todos. Sejamos espectadores passageiros por um minuto!
Quando passarmos, ela há de nos observar. Mas hoje, é só nossa.
Lua cheia, luar que ela me prometeu.
Paremos nossas máquinas, observemos o cosmos.
Divido com todos esse nascer de hoje. Festejêmo-la!
E la nave va...
segunda-feira, dezembro 16
Excertos do Fim - Os ouvidos de um corpo extenuado pelos exercícios estão satisfeitos.
Neste Fim-de-semana, ouvi Gal cantando Beatles em seu último disco, "Bossa Tropical". "The Fool On The Hill" foi a escolhida. Gostei dessa obra eclética. Há também "As Time Goes By". Lembrei da Gal e os seios desnudos que ela mostrou num show passado. Isso me remeteu ao quadro de Eugène Delacroix, "A Liberdade Guiando o Povo", onde os seios da Liberdade estão igualmente à mostra. A sua visão no Louvre é impactante. Os passos da Liberdade, empunhando arma e bandeira, em meio aos campos de batalha. Me indaguei se nos passos da arte também guia-se o povo.
Lembrei que nos passos de Gil poderá seguir a nossa política cultural. Gilberto Passos Gil Moreira Ministro? Se for aceito o convite de Lula, o cargo terá um representante à altura. Que ninguém ouse novamente sacar de sua lugger à cultura. O tropicalista Gil saberá o que fazer.
O Tropicalismo me fez recordar Torquato Neto e seus versos. Torquato disse adeus, na letra que fez com Edu Lobo. Não precisava dizer mais nada. "Pra Dizer Adeus" é um pérfido encanto. Talvez nem precisasse tanto. Edu cantou essa música com o Tom que encantou tanto a Gal que o gravou também.
É tudo assim mesmo nessa roda-viva.
E la nave va...
Neste Fim-de-semana, ouvi Gal cantando Beatles em seu último disco, "Bossa Tropical". "The Fool On The Hill" foi a escolhida. Gostei dessa obra eclética. Há também "As Time Goes By". Lembrei da Gal e os seios desnudos que ela mostrou num show passado. Isso me remeteu ao quadro de Eugène Delacroix, "A Liberdade Guiando o Povo", onde os seios da Liberdade estão igualmente à mostra. A sua visão no Louvre é impactante. Os passos da Liberdade, empunhando arma e bandeira, em meio aos campos de batalha. Me indaguei se nos passos da arte também guia-se o povo.
Lembrei que nos passos de Gil poderá seguir a nossa política cultural. Gilberto Passos Gil Moreira Ministro? Se for aceito o convite de Lula, o cargo terá um representante à altura. Que ninguém ouse novamente sacar de sua lugger à cultura. O tropicalista Gil saberá o que fazer.
O Tropicalismo me fez recordar Torquato Neto e seus versos. Torquato disse adeus, na letra que fez com Edu Lobo. Não precisava dizer mais nada. "Pra Dizer Adeus" é um pérfido encanto. Talvez nem precisasse tanto. Edu cantou essa música com o Tom que encantou tanto a Gal que o gravou também.
É tudo assim mesmo nessa roda-viva.
E la nave va...
quinta-feira, dezembro 12
Get Back Cássia Eller - Ouvindo ao CD póstumo da cantora, é só que tenho a dizer...Get Back Cássia!
Graças ao JP eu ouço pela net essa preciosa obra. 10 de Dezembro é o seu título. Esse já valeria a pena, mesmo que só tivesse essa interpretação maravilhosa do clássico Beatle. Saudades de Eller, saudades da boa arte que teima em sê-lo, assim tão efêmera...
Graças ao JP eu ouço pela net essa preciosa obra. 10 de Dezembro é o seu título. Esse já valeria a pena, mesmo que só tivesse essa interpretação maravilhosa do clássico Beatle. Saudades de Eller, saudades da boa arte que teima em sê-lo, assim tão efêmera...
terça-feira, dezembro 10
Efemérides Musicais - Um comentário do Chuck e o belíssimo texto do Peter Gabriel me motivaram a escrever sobre a passagem do natalício do ir-se de um mito, ocorrido há vinte e dois anos, em 08.12.1980.
Há tanto a ser feito, mas ao mesmo tempo, nessa noite somente a vontade de falar de Sir John Winston Lennon. Além disso, muita coisa?
O Lennon de "How?", sua letra mais bela em "Imagine". Mas, Como afinal? Pense bem, Imagine um Cara Ciumento, Aleijado por Dentro. Alguém que Me Dê Alguma Verdade, mas É Tão Difícil...
Jealous Guy e How? estão no álbum Imagine. Veja atentamente essas letras e perceba o maravilhoso imaginário de John Lennon.
A feérica vida de John foi interceptada pelo destino quando o mesmo encontrava-se no desabrochar de uma nova concepção de vida. Starting over? Como assim meu amigo? Afinal, acabado já estava o sonho, muito antes do recomeço.
Foi-se com lennon toda sua genialidade e rebeldia. E todas personas. O púbere balzaquiano que irrompe as telas de Gimme Some Truth, ladeado por Woorman, Harrison, Davis, Spector e outros. O vingativo que coopta o inofensivo George Harrison nos acordes e letras de How do You Sleep. O que destrói os sonhos de si mesmo, insculpido num jovem que lhe invade o jardim da branca mansão de Ascot. O John que se deixa enganar pelo Sim que significava não. O órfão de mãe que morava no porto. O pai que nunca foi.
O Lennon delinquente em Liverpool e nas ruas de Hamburgo. O pacifista e o revolucionário. O mito iconoclasta.
O que sobrevive indelével nos inconscientes de muitos. O músico que queria viver mais.
Mas afinal, para quê tanto? Por que tão pouco? Nas gélidas paredes do Dakota eu nada encontrei. Mas a poucos passos eu enxerguei Strawberry Fields.
John Lennon não se foi, definitivamente. Muita coisa tem passado por ele, num átimo do tempo, sem nenhuma sobrevida.
E há vinte e dois anos ele se libertou do mundo, mas o mundo ainda teima em não esquecê-lo.
My Eyes are Wide Open...essa frase de Oh My Love nos serve bem nos dias de hoje. Lennon é sempre uma boa lembrança que mostra que o sonho persiste, sempre.
Ave, Lennon!
Há tanto a ser feito, mas ao mesmo tempo, nessa noite somente a vontade de falar de Sir John Winston Lennon. Além disso, muita coisa?
O Lennon de "How?", sua letra mais bela em "Imagine". Mas, Como afinal? Pense bem, Imagine um Cara Ciumento, Aleijado por Dentro. Alguém que Me Dê Alguma Verdade, mas É Tão Difícil...
Jealous Guy e How? estão no álbum Imagine. Veja atentamente essas letras e perceba o maravilhoso imaginário de John Lennon.
A feérica vida de John foi interceptada pelo destino quando o mesmo encontrava-se no desabrochar de uma nova concepção de vida. Starting over? Como assim meu amigo? Afinal, acabado já estava o sonho, muito antes do recomeço.
Foi-se com lennon toda sua genialidade e rebeldia. E todas personas. O púbere balzaquiano que irrompe as telas de Gimme Some Truth, ladeado por Woorman, Harrison, Davis, Spector e outros. O vingativo que coopta o inofensivo George Harrison nos acordes e letras de How do You Sleep. O que destrói os sonhos de si mesmo, insculpido num jovem que lhe invade o jardim da branca mansão de Ascot. O John que se deixa enganar pelo Sim que significava não. O órfão de mãe que morava no porto. O pai que nunca foi.
O Lennon delinquente em Liverpool e nas ruas de Hamburgo. O pacifista e o revolucionário. O mito iconoclasta.
O que sobrevive indelével nos inconscientes de muitos. O músico que queria viver mais.
Mas afinal, para quê tanto? Por que tão pouco? Nas gélidas paredes do Dakota eu nada encontrei. Mas a poucos passos eu enxerguei Strawberry Fields.
John Lennon não se foi, definitivamente. Muita coisa tem passado por ele, num átimo do tempo, sem nenhuma sobrevida.
E há vinte e dois anos ele se libertou do mundo, mas o mundo ainda teima em não esquecê-lo.
My Eyes are Wide Open...essa frase de Oh My Love nos serve bem nos dias de hoje. Lennon é sempre uma boa lembrança que mostra que o sonho persiste, sempre.
Ave, Lennon!
domingo, dezembro 8
Cidadão K. - Ontem me recordei de "O Processo", a obra-prima de Franz Kafka. Eu a considero melhor que "Metamorfose", outro clássico kafkiano. O Processo é a síntese do que acontece amiúde no dia-a-dia de muita gente. Quem aporta nesse planeta, inevitavelmente se depara com alguns acontecimentos surreais. Os personagens principais de "O Processo" nascem todo dia pelo mundo. Principalmente nas favelas e nos guetos do terceiro mundo, sem comida, educação, acesso à saúde. Nem emprego têm. Nada lhes é explicado, mas tão somente a obrigação de aceitar o statuo quo sob pena das sanções que a legislação que existia antes de nascerem lhes impõe. Logo nascem e morrem sacrificados na pedra da desigualdade social. É um dos motivos de "O Processo" ser mais atual do que nunca.
Fragmentos do Fim-de-Semana
Música - Na clara manhã de domingo, dedilho alguns acordes no pinho que restava esquecido no canto do gabinete.
Sábado Flashow - Ontem à casa do blogueiro André, um ótimo encontro de fim-de-tarde (apesar de ter começado cedo, só cheguei à noite). Fiquei até dez horas e quase que acompanho o resto da turma até a Órbita, mas a idade falou mais alto na hora de continuar a noitada. A festa foi ótima, apesar de uma lacuna grande. Nada melhor do que ouvir alguns "causos" jurídicos que aconteceram com os Drs. Cajú e Gustavo, além de perceber que a Barbra Brusk joga Perfil 2 bem melhor que o seu intrépido Gabriel. Ah, sem falar em encontrar o associado Wallace com uma baita dor-de-cotovelo, passando o tempo lendo Hq´s juntamente com o professor Veras. Foi show, embora efêmero para mim.
Música 2 - Metal Revival - Tenho estado, nas últimas duas semanas, a caminhar e pedalar por algumas horas, mesmo sem chegar de fato a lugar algum. São vários quilômetros, mas não saio do canto. Tudo isso, profícuo ou não, embalado por Metallica e Iron Maiden nas alturas. Desde Kill´em All até Powerslave, passando por Killers, Ride The Lightining etc. Ouvidos satisfeitos, corpo extenuado, mente plácida. O suor é doce.
Música - Na clara manhã de domingo, dedilho alguns acordes no pinho que restava esquecido no canto do gabinete.
Sábado Flashow - Ontem à casa do blogueiro André, um ótimo encontro de fim-de-tarde (apesar de ter começado cedo, só cheguei à noite). Fiquei até dez horas e quase que acompanho o resto da turma até a Órbita, mas a idade falou mais alto na hora de continuar a noitada. A festa foi ótima, apesar de uma lacuna grande. Nada melhor do que ouvir alguns "causos" jurídicos que aconteceram com os Drs. Cajú e Gustavo, além de perceber que a Barbra Brusk joga Perfil 2 bem melhor que o seu intrépido Gabriel. Ah, sem falar em encontrar o associado Wallace com uma baita dor-de-cotovelo, passando o tempo lendo Hq´s juntamente com o professor Veras. Foi show, embora efêmero para mim.
Música 2 - Metal Revival - Tenho estado, nas últimas duas semanas, a caminhar e pedalar por algumas horas, mesmo sem chegar de fato a lugar algum. São vários quilômetros, mas não saio do canto. Tudo isso, profícuo ou não, embalado por Metallica e Iron Maiden nas alturas. Desde Kill´em All até Powerslave, passando por Killers, Ride The Lightining etc. Ouvidos satisfeitos, corpo extenuado, mente plácida. O suor é doce.
quinta-feira, dezembro 5
Natureza, Amor, Arte...
Eu estava pensando sobre o que mais gosto dessa experiência terrena nossa.
Lembrei que adoro a natureza. O contemplar que me deixa trôpego. Desde a praia deserta, até a lua que brilha e o sol que se esvai lentamente. O Mar, onde nadar é ótimo. Nadar vários quilômetros até a exaustão do corpo. Suar. Transpirar sob o sol causticante ou de tanto amar.
Amor. Para mim, a força motriz de tudo que nos rodeia. O amor lato senso. Em todas as suas formas. Espressão máxime da libido.
Desde o amor às causas até o materializar-se do amor, no ato de amar uma mulher no ápice da paixão. Do enlace de corpos e mistura de sentidos. Beijos que pertubam os sentimentos. Dos sons do amor, enfim...
Lembrei da música. Tudo é música. Até mesmo o lento balé dos corpos que amam e das vagas do mar. Músicas que lembram paixões e lugares. Paisagens cinematográficas.
Cinema. Acho que é a própria vida um filme inexplicável. Não é só cinema, mas toda a arte em si. Literatura é deslumbrante. Escrever algo e suscitar uma emoção em outra pessoa. O Transmitir de sentimentos...
Essa é da série: comentários de uma noite de verão.
E la nave va...
Eu estava pensando sobre o que mais gosto dessa experiência terrena nossa.
Lembrei que adoro a natureza. O contemplar que me deixa trôpego. Desde a praia deserta, até a lua que brilha e o sol que se esvai lentamente. O Mar, onde nadar é ótimo. Nadar vários quilômetros até a exaustão do corpo. Suar. Transpirar sob o sol causticante ou de tanto amar.
Amor. Para mim, a força motriz de tudo que nos rodeia. O amor lato senso. Em todas as suas formas. Espressão máxime da libido.
Desde o amor às causas até o materializar-se do amor, no ato de amar uma mulher no ápice da paixão. Do enlace de corpos e mistura de sentidos. Beijos que pertubam os sentimentos. Dos sons do amor, enfim...
Lembrei da música. Tudo é música. Até mesmo o lento balé dos corpos que amam e das vagas do mar. Músicas que lembram paixões e lugares. Paisagens cinematográficas.
Cinema. Acho que é a própria vida um filme inexplicável. Não é só cinema, mas toda a arte em si. Literatura é deslumbrante. Escrever algo e suscitar uma emoção em outra pessoa. O Transmitir de sentimentos...
Essa é da série: comentários de uma noite de verão.
E la nave va...
segunda-feira, dezembro 2
domingo, dezembro 1
Recortes de fim-de-semana
Poema de Domingo: Há Mansidão
À letargia da praia, hoje admoestei meus sentimentos.
Sol e mar. O horizonte, bem ao longe. Instantes distante.
Há coisas entre os céus e as terras solitárias. Há mares.
Se amares os verdes mares entre nós dois. Arquipélagos.
Vento no Litoral. Não há lua no horizonte do meu mar.
Luz que trafega entre os corpos suados de dezembro.
Navegas dezembro entre as nossas vidas marítimas.
Há marés que levam meus sentidos e sorrateiramente
Trazem a tua presença e mãos se dão à mansidão...
Suflê de Cenoura e Pizza
Após a cerveja Bock numa tarde de calor, outra mistura interessante surge: Pizza com Suflê de Cenoura.
Beatles
Rubber Soul no sábado foi muito bom. A companhia, melhor ainda.
Beatles é sempre bem-vindo. Eles tocam onde antes existia o Chopin & Bach.
Onde eu vi o primeiro show do Paulo Diógenes. Ouvi a poesia do Jorge Maia em forma de música.
O ruim é esquecer e depois lembrar que o sonho acabou.
Acaba até ouvir os acordes primeiros de Across The Universe.
Através. Atravessar. Atravessando o Universo que há em todos nós.
Poema de Domingo: Há Mansidão
À letargia da praia, hoje admoestei meus sentimentos.
Sol e mar. O horizonte, bem ao longe. Instantes distante.
Há coisas entre os céus e as terras solitárias. Há mares.
Se amares os verdes mares entre nós dois. Arquipélagos.
Vento no Litoral. Não há lua no horizonte do meu mar.
Luz que trafega entre os corpos suados de dezembro.
Navegas dezembro entre as nossas vidas marítimas.
Há marés que levam meus sentidos e sorrateiramente
Trazem a tua presença e mãos se dão à mansidão...
Suflê de Cenoura e Pizza
Após a cerveja Bock numa tarde de calor, outra mistura interessante surge: Pizza com Suflê de Cenoura.
Beatles
Rubber Soul no sábado foi muito bom. A companhia, melhor ainda.
Beatles é sempre bem-vindo. Eles tocam onde antes existia o Chopin & Bach.
Onde eu vi o primeiro show do Paulo Diógenes. Ouvi a poesia do Jorge Maia em forma de música.
O ruim é esquecer e depois lembrar que o sonho acabou.
Acaba até ouvir os acordes primeiros de Across The Universe.
Através. Atravessar. Atravessando o Universo que há em todos nós.
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Porque escrevo
Cada um tem a sua terapia. Há os que correm, pintam, cantam... Minha maior terapia é escrever. Posso ser o que sou, o que nu...
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Novo Blog Resolvidos os problemas técnicos, aparentemente. O Novo Anomia voltou para o Blogueisso. Cliquem Aqui e conheçam o NOVO ANOMIA ...
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Estou de volta a este espaço. Enquanto o antigo Portal passa por algumas mudanças, minha dependência da escrita não me permitiria ficar muit...