sábado, outubro 7

A Lua Por Testemunha - Quando não me encontro imerso entre alfarrábios jurídicos e corredores forenses, os vagos momentos de folga dos últimos meses têm sido pontuados pelo esporte, principalmente quando resolvi me dedicar novamente ao triathlon. Talvez por isso os devaneios poéticos estejam ainda mais raros por estas bandas de cá.

Mesmo assim, a cada passada, braçada ou cadência que mantenho no pedal, eu enxergo poesia. Desde o nascer do sol visto da praia antes da competição, passando pelas gotas de suor a percorrer o meu rosto, até as translúcidas paisagens a entrecortar o labirinto de caminhos percorridos com a bike, tudo é inspirador aos olhos de quem percebe a beleza a fluir ao nosso redor.

O ato de competir consigo mesmo, buscando sempre ultrapassar um limite que não se conhece, é instigante. Em minha curta carreira, coleciono alguns desafiosalcançados. Outros ainda por vir.
Um Homem de Ferro, embora meu coração seja puro músculo.

No intermezzo desta vida, muito treinamento, divididos entre extenuantes e prazerosas pedaladas, corridas e natação, esta última mesmo sendo cansativa tem um quê inegável de relaxante.

Enquanto nado, meu corpo a singrar sozinho por entre mares e mares. A mente solta navega distante enquanto o corpo repete uma cadência que parece ser alimentada pelo som de uma orquestra invisível. Há treinos e treinos, como por exemplo, o desta noite enluarada, a piscina já vazia, apenas a lua por testemunha. Há algo de sublime no esporte.

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Porque escrevo

Cada um tem a sua terapia. Há os que correm, pintam, cantam... Minha maior terapia é escrever. Posso ser o que sou, o que nu...