sexta-feira, junho 17

Café da Manhã - De um lado da paisagem, brilha o sol impunemente, sem ligar para as nuvens carregadas que se chegam aos poucos anunciando mais chuva.
Vejo, um pouco além, o desembocar do Rio Cocó, por entre uma sinuosa via verde que entrecorta as dunas brancas e solitárias, até chegar ao bravio mar alencarino. Ao meu lado você, tão linda.
Mais ao longe, avisto as serras que compõem o horizonte distante, dentre elas Maranguape e Pacatuba, que parecem aguardar uma visita que nunca chega. Logo depois, a perder de vista, vejo uma nesga do sertão cearense, num manto agreste que se limita à linha do horizonte e que me faz sonhar.
A visão privilegiada no alto do apartamento, me faz parecer flutuar sobre o translúcido cenário do Ceará.
Entre os goles no café amargo, vou percebendo a cidade amanhecendo, as ruas já atacadas pelos carros e os barulhos que vêm compor a beleza desta clara manhã. E você ao meu lado, tão doce que me força o desvio do olhar de um dia tão bonito que me chega aos olhos cansados. O jornal parece-me gritar, largado à mesa, as notícias que não me são novas.
E o amanhã parece ser um algo abstrato tão longínqüo e insensato em contraste com a clareza do dia que surge e me refletem os teus olhos tão calmos.
O amanhã pode esperar. E você, ao meu lado, tão linda...

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Porque escrevo

Cada um tem a sua terapia. Há os que correm, pintam, cantam... Minha maior terapia é escrever. Posso ser o que sou, o que nu...