sexta-feira, novembro 28

Momentos - A mente noctívaga vaga silente pelas esquinas das palavras. Uma sexta-feira causticante fecunda o imaginário de um renitente poetaço. A medíocre idade nos sopala a criação de algo excitante, revelando um consumismo absurdo que produz uma pretensa arte impulsionado por uma demanda inexistente. O ilogismo do Ovo e da Galinha, talvez. Ou melhor: "...dá-me um quilo de músicas e três metros de textos..". Vivemos sob o domínio da mediocridade. De franjinhas em franjinhas, de tramas em tramas, estamos feitos. Quase não há mais espaço ao novo em solo tupiniquim, a vagar insólita e perfidamente no continuísmo do abjeto, que nos inunda o cotidiano e parece apostar no ocaso da arte. Apenas cópias do que não merecia restar clonado. Hoje eu não ouso fugir à regra, se é que ainda sobrevive algo de exceção. Portanto, à licença poética, peço vênia aos meus queridos leitores e num átimo me copio:

"Natureza, Amor, Arte...

Eu estava pensando sobre o que mais gosto dessa experiência terrena nossa.
Lembrei que adoro a natureza. O contemplar que me deixa trôpego. Desde a praia deserta, até a lua que brilha e o sol que se esvai lentamente. O Mar, onde nadar é ótimo. Nadar vários quilômetros até a exaustão do corpo. Suar. Transpirar sob o sol causticante ou de tanto amar.
Amor. Para mim, a força motriz de tudo que nos rodeia. O amor lato senso. Em todas as suas formas. Espressão máxime da libido.
Desde o amor às causas até o materializar-se do amor, no ato de amar uma mulher no ápice da paixão. Do enlace de corpos e mistura de sentidos. Beijos que pertubam os sentimentos. Dos sons do amor, enfim...
Lembrei da música. Tudo é música. Até mesmo o lento balé dos corpos que amam e das vagas do mar. Músicas que lembram paixões e lugares. Paisagens cinematográficas.
Cinema. Acho que é a própria vida um filme inexplicável. Não é só cinema, mas toda a arte em si. Literatura é deslumbrante. Escrever algo e suscitar uma emoção em outra pessoa. O Transmitir de sentimentos...

Esta é da série: comentários de uma noite de verão.

E la nave va..."

sexta-feira, novembro 21

Dos Confins Anômicos - O Passado deste Anomia grita:

"Há mais coisas do que supõe... - Basta observar, ou melhor, contemplar a imagem abaixo. Lembrar-se dos acordes Nitzschenianos de Richard Strauss em "Also sprach Zarathustra" e o Danúbio Azul de Johan Strauss, ambos a pontuar as cenas maravilhosas da fecundação do universo eternizadas por Kubrick em 2001, Uma Odisséia no Espaço. Imaginar o colorido da letra de Across The Universe que teima em não querer mudar o nosso mundo, o mesmo a ostentar um triste céu azul em Because que nos faz chorar, e somar tudo isso à imagem abaixo, advinda da lavra do Telescópio Hubble, um estranho intrometido no ninho dos anos-luz do mistério da vida humana a vigiar a gênese das estrelas. Definitivamente, à paráfrase do célebre Hamlet de William Shakespeare, ouso dizer que há mais coisas entre os confins do universo e os labirintos de nós mesmos, do que supõe nossa vã filosofia. E dentre tais coisas, há algumas que falam por si...


Photo by Reuters"

Em tempo: E nos confins binários, um número superior a meio bilhão de usuários navega pelos espaços virtuais da internet.

domingo, novembro 16

Acordes Dominicais - Hoje repetirei o mesmo programa de um outro domingo perdido no tempo:
"Um cantinho, um violão, esse amor...
"Corcovado", é a única de Jobim que sei executar sem maiores ajudas de revistas com cifras.
No entardecer poético deste domingo, seus acordes ecoam remansosos em meu violão.
Entretanto, recorro também à voz de Rosemary Clooney (uma perda recente do jazz), Diana Krall e John Pizzarelli reunidos no excelente "Brazil", onde a bossa-nova é homenageada, e possui uma "Quiet Nights" saborosa.
A semana vai começando lenta, gradual e charmosamente...
Carpe Diem amigos!"

quinta-feira, novembro 13

Um Elo - A vida é uma soma de intervalos. Um filme. O somatório de vários fotogramas. Várias cenas estáticas, fotografias, que contam a história de cada um. O mistério disso tudo é o imperceptível elo que as une.

Meu passado anômico grita:

"Fotolog - Também aderi à febre do Fotolog, onde estou armazenando algumas experiências com a máquina digital. Abaixo, um registro da viagem que fiz em 2002, sobre a qual já mencionei aqui no Anomia algumas vezes.


Tour Eiffel, Paris. Foto tirada em 2002 de La place du Trocadéro
Photo by Emerson Damasceno"

quarta-feira, novembro 12

One Year Ago Today - Há um ano, foi dito aqui:

"Intermezzo Musicale - Lançando-me de encontro ao ocaso que sobrevive irresoluto no organismo do marasmo, ouso vaticinar que nada, nos descaminhos tortuosos do dia-a-dia, é mero acaso...

Post Scriptum: Absorto em divagações, me indago: Será a inefável solidão o mau hábito dos poetas?"

segunda-feira, novembro 10

Um Breve Ensaio Sobre a Cegueira - Nós estamos todos cegos. Ou Quase. Abre los Ojos, pero Cría Cuervos hoy y te sacarán los ojos.

sexta-feira, novembro 7

quarta-feira, novembro 5

Here Comes The Sun - Mais uma forte explosão do sol é noticiada pelo UOL. Dias atrás, foram vários outros acontecimentos semelhantes de erupções solares. A de ontem, é considerada a maior de toda a história já monitorada por cientistas, como informa também o Terra.
Longe de mim ser apocalíptico, muito pelo contrário, mas a impressão que tenho às vezes, é que a vida humana é sempre um exercício lúdico sob o fio de uma navalha. Apesar da fragilidade da existência humana, grassam em nosso planetinha azul as desigualdades, a impáfia, a ganância e tantos outros males d'alma que não se apercebem da notória pequinês. E toda essa inútil e burra mediocridade pode simplesmente deixar de existir num átimo, a depender dos humores das regras que teoricamente regem o Universo.
Em contraponto à esta sisudez do assunto, presenciei o belo espetáculo do amanhecer de hoje, noctívago, onde a aurora repleta de diversos matizes anunciava a esta humilde testemunha a verdadeira grandiosidade da natureza.

terça-feira, novembro 4


Arquivo Folha Imagem

Adeus, Rachel - Enlutados a literatura e o povo do Ceará. Faleceu a escritora cearense Rachel de Queiroz, autora de "O Quinze" e vários outros romances. Foi ela a primeira escritora a entrar para a ABL, em 1977, na época em que a Academia ainda o era. Perde a arte, perdemos todos, mas ela sobrevive em sua Obra imortal.
A internet Também tem Disso - Acabaram com o Blog&Roll. Anotem o que eu digo: não foi por muito tempo. A melhor surpresa tupiniquim deste ano (em matéria de blog, som e televisão), ainda vai dar muito o que falar. E eles ainda tem a festa amanhã, pena que seja tão longe.

segunda-feira, novembro 3

Roda-Viva - Que rufem os tambores! Eis que chega mais uma segunda-feira. O tempo urge e parcas são as letras. E la nave va...

Porque escrevo

Cada um tem a sua terapia. Há os que correm, pintam, cantam... Minha maior terapia é escrever. Posso ser o que sou, o que nu...