sábado, janeiro 25

Dindi de Tom

Nesta manhã o sol resolve mostrar-se novamente e acordo pensando nos acordes que ilustram a bela letra de Dindi e na paisagem do céu à beira-mar de Fortaleza. A mesma pintura que observo etéreo, enquanto desliso nas calmas águas da piscina. E vejo os bandos de nuvens e bandos de pássaros, amalgamando-se em sintonia como a música do Maestro. Sempre em cinco, o bando dos pássaros que cortejam as nuvens que vão-se. E tento lembrar da letra de Clara Manhã, do poeta alencarino Jorge Maia, mas me fogem os versos à mente trôpega e desafinada pela noite que passou. Eu tento fugir, mas Dindi não foges de mim...

Céu, tão grande é o céu
E bandos de nuvens que passam ligeiras
Prá onde elas vão
Ah! eu não sei, não sei
E o vento que fala nas folhas
Contando as histórias
Que são de ninguém
Mas que são minhas
E de você também
Ah! Dindi
Se soubesses do bem que eu te quero
O mundo seria, Dindi, tudo, Dindi
Lindo Dindi
Ah! Dindi
Se um dia você for embora me leva contigo, Dindi
Fica, Dindi, olha Dindi
E as águas deste rio aonde vão eu não sei
A minha vida inteira esperei, esperei
Por você, Dindi
Que é a coisa mais linda que existe
Você não existe, Dindi
Olha, Dindi
Adivinha, Dindi
Deixa, Dindi
Que eu te adore, Dindi... Dindi


Antonio Carlos Jobim,
Aloysio de Oliveira, Ray Gilbert
1959

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