terça-feira, janeiro 28

Crônica de Uma Morte Anunciada - Por favor, não me falem o vocábulo guerra. Falem-me em guerra que eu puxo minha lugger. Guerra, até mesmo na sua definição mais simplória, pressupõe um confronto, há um mínimo de resíduo de combate entre as partes pretensamente combatentes. Por isso não me venham com o termo guerra. Até mesmo no episódio com Golias, havia mais chance para o nanico Davi. Guerra, pelo menos em tese, implica na hipótese da parte guerreada ter um mínimo - por menor que seja - de chance de defesa. Defenestração seria um termo que soaria mais justo. E eu me preocupo e lamento. Não, não é apenas pelo sentimento egoísta de pensar que amanhã poderá acontecer conosco. Nem somente porque eu sou um pacifista. A questão é que, em meu modesto conceito de Justiça, assim não me parece.

Doce Crônica - E tinha ele o temor de dizer-lhe o quão doce é sua cumplicidade. Não obstante complicada a dor que sentia em não dizer-lhe a doçura, acalentava a esperança de, sabendo-lhe cúmplice, enxergasse a paixão que aflorava de seus olhos latentes, nas entrelinhas das letras vãs que expunha timidamente nos seus textos. E mesmo que o decifrar-lhe fosse o maior prazer, suplantando o gosto salgado de um beijo que já ousara ter dado nos lábios tão próximos, ainda buscava entender-lhe, e roubar-lhe o mesmo beijo que já dera amiúde, nos tenros textos e sonhos que pudera embarcar, errante, no doce navegar do seu amor.

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Porque escrevo

Cada um tem a sua terapia. Há os que correm, pintam, cantam... Minha maior terapia é escrever. Posso ser o que sou, o que nu...