segunda-feira, março 2

Matou o Cinema e Depois foi para uma Suruba Tecnológica - A ser aprofundado em breve. Mas estou há alguns dias com esta idéia fixa de escrever sobre a minha frustração com o Bob Zemeckis. Sim, o famoso diretor comercial que antes eu já um dia idolatrei depois que foi responsável por De Volta Para o Futuro - um dos filmes que mais assisti em minha vida. Mas o Bob Zemickes, um dia qualquer desses, resolveu inverter a lógica da coisa e acabou se tornando, pelo menos para mim, responsável por outro tipo de fama: foi ele quem matou o Cinema. Sim, isso mesmo. O Cara que antes até se utilizava dos efeitos especiais como meio para contar uma estória, resolveu mudar isso e começou a utilizar o roteiro como mero fio de conduta para esparramar nas telas as inovações em computação gráfica que já estamos cansados de ver. Bem, eu assumo, não aguento mais. A gota d'agua não foi nem um filme dele, Zemicks, mas sim um making-off de uma dessas produções cada vez mais chatas de hollywood (desculpando a redundância óbvia demais), onde um dos atores reclamava e até ironizava ter que ficar contracenando com o nada, enquanto o real "ator" era uma composição gráfica, uma espécie de holograma idiota que a indústria resolveu criar. Bem, se eu tenho o direito de escolher um culpado, para mim foi o Zemeckis. Claro que muita gente aperfeiçoou a coisa, o George Lucas aliás, que havia criado um clássico em 1977 com o primeiro Star Wars, que inaugurou a fantástica e inesquecível trilogia, e décadas depois só conseguiu nos apavorar com uma outra que mais pareceu uma paródia "b" do que ele mesmo criou. Enfim, o meu marcador pessoal para essa idiotice tecnólogica que matou vez a criatividade do chamado Cinemão comercial é o Zemicks. Foi ele o cara que mais me deixou p. da vida com essa antinomia tecnológica. Viraram reféns das máquinas e nem precisou o Doom Day high-tech previsto no Exterminador do Futuro para iniciar nossa escravidão tecnológica. Vou aprofundar isso aqui outro dia, quando estiver com mais tempo e menos frustração (pois é, confesso que nunca esperei muito do Cinemão, mas nunca tão pouco). Enquanto isso, vou alugar ali um Eisenstein, um Buñuel e um Pasolini...para fazer uma detox. É detox artística mesmo, já que a palavra está na moda e essa coisa hodierna intoxica mais do que o monóxido de carbono do carro do meu vizinho...

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Cada um tem a sua terapia. Há os que correm, pintam, cantam... Minha maior terapia é escrever. Posso ser o que sou, o que nu...