Viagens Freudianas - Mais um sonho tupiniquim de ir à Copa do Mundo deste ano de 2006. Contando os centavos, sonhando com os ingressos. Enfim, quem sabe eu volto e chego lá com um grupo de diletos amigos. Recortes de uma conversa que se inicia com futebol deságua na quase esquecida tese Freud-Marxista. Para dar um gostinho maior, dois escritos antigos: um sobre a minha penúltima viagem em solo Europeu e outro sobre a tal elucubração teórica a amalgamar os devaneios do Freud e do Marx:

"As Curvas em minha Estrada - Meu pensamento repousa em ti enquanto percorro os milhares de quilômetors a ligar os pontos de partida e chegada no mapa amassado, esquecido no chão do carro. O caminho tem incrustado, além de muita história, cenários de extrema beleza e vários elementos a tornar a viagem menos cansativa.
Enquanto dirijo, solitário, entre paisagens e situações poéticas a nortear-me a atenção, placas apontam inúmeros caminhos, alguns dos quais me entrecortam o pensamento.
Saudades de Lisboa, Madri e de outras paragens das quais me despedi há poucos dias. Aqui, nesta Barcelona em ebulição a fincar um paradoxo gritante com o frio que advém do Mediterrâneo, eu só me vejo a pensar em você.
Há algo presente na arquitetura visionária de António Gaudi a lembrar-me do teu corpo, de cujas curvas eu não consigo escapar. Nem mesmo quando a estrada já ficou para trás de há muito. Uma estranha similitude entre a Arquitetura Sagrada Gaudiana, materializada a ferro e fogo ou talhada em pedra a me instigar o raciocínio, enquanto eu me perco etéreo nos traçoss inexatos dos teus labirintos.
Eu me contento em te encontrar, assimétrica e furtivamente, nesta Cidade irrequieta cuja beleza translúcida me desperta a cada esquina deste solo Catalão. Solo, Catalão. Solo... Talvez eu não exista mesmo sem você..."

Teoria Freud-Marxista no Portal Verdes Mares