quarta-feira, fevereiro 19

Pra Bandeira - À penumbra, versos voam em minha mente. As horas vêm e morrem sem cessar. Vêem pouco e libertam-se de seu labor emudecidas. Às cinzas suas, florescem as memórias que permanecem igualmente mudas. E também vão-se, desnudas, inutilmente.

Em homenagem a Bandeira, transcrevo-lhe:

Versos Escritos N'água

Os poucos versos que aí vão,
Em lugar de outros é que os ponho.
Tu que me lês, deixo ao teu sonho
Imaginar como serão.

Neles porás tua tristeza
Ou bem teu júbilo, e, talvez,
Lhes acharás, tu que me lês,
Alguma sombra de beleza...

Quem os ouviu não os amou.
Meus pobres versos comovidos!
Por isso fiquem esquecidos
Onde o mau vento os atirou.

Manuel Bandeira

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Porque escrevo

Cada um tem a sua terapia. Há os que correm, pintam, cantam... Minha maior terapia é escrever. Posso ser o que sou, o que nu...