Uma breve parada em solo alencarino - Retornando ao meu Ceará após uma breve estada em Portugal, tenho acumulado muitas milhas de vôo solitário ao redor do globo. Além disso, muitas milhagens de recordações neste espaço anômico. E por falar em viagens, recordo algumas recentes porém não tão distantes:
"Andanças - Em retornando de Belém do Pará, aonde coisas do trabalho me levaram, venho esmiuçando a graça e fina ironia que há nas cousas da poesia, a grassar no cotidiano da gente. Relembro um texto recente onde escrevi dos mesmos sentimentos que nos afligem o coração romântico, solto em verso e prosa às esquinas do mundo:
"Nossa Doce Caminhada, Uma Eterna Caminhadura - Entre as andanças dos últimos dias, uma intensa agenda que me forçou a deixar de lado meu confessionário poético. Belo Horizonte, São Paulo, Porto Alegre e tantos outros locais, numa viagem cansativa embora prazerosa. Há algo de interessante no apaixonar-se, vez em quando, nos excertos do dia por onde passamos. Numa certa esquina, dentro de um carro, no avião, há sempre um vago enlace de olhos a perpertuar-se no tempo de nosso imaginário. A musa dos olhos verdes a mirar-me a timidez distante. São olhos que sorriem num abraço. São paixões platônicas que sequer disfarçam a saudade intensa que sinto. Percebi isso há pouco: há mulheres que nos permitem pensar que o Criador se encarrega de moldá-las ele próprio, de tão belas que são.
A Sétima Arte Esférica - Há perdido nestes arquivos anômicos um texto onde comparo a imensa massa alvinegra à obra de Sebastião Salgado. Muito embora não goste de tergiversar sobre minhas predileções futebolísticas por aqui, eu me rendo hoje, para dizer da alegria que sinto com a arte do futebol. Eu tinha um texto ensaiado em meus alfarrábios mentais sobre a lanterinha de Diógenes e sua busca árdua por um homem de verdade. O foco era a lanterninha dele, Diógenes. Mas deixo para outra oportunidade, talvez segunda. Aliás, a segunda é que é de lascar, se é que me entendem.
Ipiranga com São João - Fazia tempo que desejava voltar ao citado logradouro paulista. Foi legal caetanear a obviedade ululante da coisa. Alguns chopes a contemplar a loucrópole insone. Definitivamente, alguma coisa acontece no meu coração...
E La nave va..."
quinta-feira, janeiro 20
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