sexta-feira, outubro 29

Momentos - A mente noctívaga vaga silente pelas esquinas das palavras. Uma sexta-feira causticante fecunda o imaginário de um renitente poetaço. A medíocre idade nos sopala a criação de algo excitante, revelando um consumismo absurdo que produz uma pretensa arte impulsionado por uma demanda inexistente. O ilogismo do Ovo e da Galinha, talvez. Ou melhor: "...dá-me um quilo de músicas e três metros de textos..". Vivemos sob o domínio da mediocridade. De franjinhas em franjinhas, de tramas em tramas, estamos feitos. Quase não há mais espaço ao novo em solo tupiniquim, a vagar insólita e perfidamente no continuísmo do abjeto, que nos inunda o cotidiano e parece apostar no ocaso da arte. Apenas cópias do que não merecia restar clonado. Hoje eu não ouso fugir à regra, se é que ainda sobrevive algo de exceção. Portanto, à licença poética, peço vênia aos meus queridos leitores e num átimo me copio:

"Natureza, Amor, Arte...

Eu estava pensando sobre o que mais gosto dessa experiência terrena nossa.
Lembrei que adoro a natureza. O contemplar que me deixa trôpego. Desde a praia deserta, até a lua que brilha e o sol que se esvai lentamente. O Mar, onde nadar é ótimo. Nadar vários quilômetros até a exaustão do corpo. Suar. Transpirar sob o sol causticante ou de tanto amar.
Amor. Para mim, a força motriz de tudo que nos rodeia. O amor lato senso. Em todas as suas formas. Espressão máxime da libido.
Desde o amor às causas até o materializar-se do amor, no ato de amar uma mulher no ápice da paixão. Do enlace de corpos e mistura de sentidos. Beijos que pertubam os sentimentos. Dos sons do amor, enfim...
Lembrei da música. Tudo é música. Até mesmo o lento balé dos corpos que amam e das vagas do mar. Músicas que lembram paixões e lugares. Paisagens cinematográficas.
Cinema. Acho que é a própria vida um filme inexplicável. Não é só cinema, mas toda a arte em si. Literatura é deslumbrante. Escrever algo e suscitar uma emoção em outra pessoa. O Transmitir de sentimentos...

Esta é da série: comentários de uma noite de verão.

E la nave va..."

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Porque escrevo

Cada um tem a sua terapia. Há os que correm, pintam, cantam... Minha maior terapia é escrever. Posso ser o que sou, o que nu...