Aniversário
Há instantes nos quais falta-nos ar. Meu corpo, etéreo, una testemunha do caminhar do tempo, parece buscar refúgio num canto longínquo, nos recônditos do passado.
Eu queria ver no escuro do mundo, num átimo desse fragmento de tempo, onde está tudo que você quer...
A Clara manhã do poeta Jorge Maia amalgamada à minha Pasárgada vêm, à solitária mente. Onde estais, onde estais?
Sons esparsos, imagens e esparsas aos poucos me preenchem os espaços vazios do pensamento.Vejo Pai e Filho. Dois marcos. Meus nortes d'além-mar, além d'alma. Fora isso, pouca coisa, ou quase nada. Quiçá a pífia teoria do Nada Absoluto, a qual nunca me permiti desbravar a contento.
Pai e Filho. Hoje, eu sou ambos. O espelho me reflete os dois rostos, tão distantes e paradoxalmente próximos.
O Dia amanhece, pai. Teu, somente. Embora nos pareça pérfido, o tempo nos raciona a impaciência.
Salta cerveja estupidamente gelada prum batalhão. E vamos botar água no feijão. Parabéns!
Ave, Edson!
quarta-feira, agosto 4
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