domingo, setembro 15

Em pauta

Recebi o convite de um grande amigo, para destilar meus devaneios literários em uma coluna no Opinião, do Portal Verdes Mares. Quando percebi que o convite era sério, aceitei antes que ele desistisse. Resolvi chamar a coluna de La Joie de Vivre (o seu link também está listado em Leitura Cotidiana), título que confunde-se com uma série de textos expostos aqui no Anomia, cujo teor poético me agrada, enfim. Todos os textos do Portal estão aqui, com pequenas adaptações, mas o inverso não é verdadeiro, eis que aqui jaz meu confessionário...

Lady Day

Um documentário sobre a vida da Lady Billie Holyday me confirma a suspeita - nada inédita - de que ela cantava mesmo com a alma. O que não sabia ainda, é que a dor d'alma da cantora repercutisse tanto em sua doce e amargurada voz. Billie teve a vida marcada pelo consumo de drogas e a dicotomia pautando a carreira entre o sucesso e a tragédia. Da consagração no Carnigie Hall à prisão por posse de heroína. Ouvir sua interpretação de As Time Goes By demonstra, além do fato de que ela é uma das melhores cantoras de Jazz, que possuía também um elemento pulsante de dor em sua obra. Ave Billie!

Descompasso

Há um descompasso entre a dor e a razão. Será a dor, como disse Jorge Maia à paráfrase de Schoppenheauer, o único baluarte positivo da medida da vida humana? O homem limpo de coisas é a medida do homem, como vaticina Soares Feitosa em seu deslumbrante sítio poético.
Um organismo diletante cultua a dor como alicerce da razão, pauta do existir.
Existirmos, ao que será que se destina mesmo? Como diria Caetano.
São mais elucubrações de um notívago trovador. E la nave va...

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Porque escrevo

Cada um tem a sua terapia. Há os que correm, pintam, cantam... Minha maior terapia é escrever. Posso ser o que sou, o que nu...