terça-feira, julho 23
Tenho acompanhado meio incrédulo as turbulências do mercado dito globalizado. Parece um roteiro de filme-catástrofe de segunda, mas a cada dia, vêem-se minguando as reservas brasileiras e o temor de que a crise venha a agravar-se ganha coro em inúmeros setores econômicos.
Eu nunca gostei muito de economia, na verdade sempre odiei o dito economês, mas é dificil entender essa lógica tacanha que inverte as leis comezinhas de economia (as quais supunha entender) lançando uma economia grande como a brasileira aos solavancos rotineiros do humor mercadológico.
Pasmem-se quem quiser! Mas a verdade é que a suspeita de maquilagem nos lucros de empresas internacionais fechou a bodega do seu João! Que venha o verborrágico economista de plantão inundar-me de explicações sofismáticas, a saciar-me o desejo de ter explicada o porquê da cevada ter aumentado descomunalmente no mercado internacional após a esposa de um político canadense ter doado centavos de dólares à campanha do Sultão das Bromélias. Será esse o real motivo da pipoca do seu Joaquim não mais ser ofertada nas portas dos colégios do Centro de Fortaleza?
É mesmo o caos ou factóide político? Anomia ou anemia nas mentes débeis de nós todos? Sei não, mas esse atual limbo econômico onde poucos parecem saber de fato o que há de vir, já adveio de forma cruel aos argentinos. Seremos os próximos ou o mercado há de nos entender simpáticos em função do nosso belo futebol?
Tenho pensado muito nos últimos dias na obra de Sebastião Salgado, o P&B mais belo do mundo, principalmente na parte dedicada pelo fotógrafo tupiniquim ao continente Africano.Uma verdadeira ode alvinegra contra a omissão. Fica difícil, quase impossível, não traçar um paralelo entre a África despedaçada, esquecida por boa parte do mundo globalizado, da ameaça renitente que advém dos humores diários que sacodem e empobrecem o belo Brasil. Para onde ir, afinal? Aceitamos sugestões :-)
Eu, ultimamente, tenho preferido abrigar-me, de olhos bem fechadinhos, entre uma sessão Jung-Freudiana e outra, nos blogs e devaneios dos amigos, em vez de divagar demais sobre os rumos econômicos do Brasil. De qualquer forma, em homenagem ao grande amigo Léo Ramos, manifesto meu desejo de que a Justiça há de nos poupar do pior. Da lama ao Caos, do Caos à ordem. Ita Speratur!?
Post Scriptum: Uma cerveja antes do almoço, é muito bom pra ficar pensando...
Foto acima by Salgado, Sebastião
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