Em vila Madalena, finalmente, conheci o Filial. É um deleite mesmo. O boteco está sempre lotado e não é por acaso. Numa das paredes, reportagem do Estadão com o Max de Castro empunhando um convidativo chope não é propaganda enganosa. Nas mesas, um desfile de gente bonita e interessante. A decoração, os aperitivos, o chope delicioso, tudo nos conformes etílicos de qualquer boêmio mais exigente. É um dos lugares que hei de voltar mais vezes, certamente. A dica foi do meu compadre e conterrâneo Jonas. O Jonas, aliás, é o cearense mais paulista que conheço.
Apesar da badalação, Moema ainda continua sendo meu lugar predileto. Tem os mesmos bares e restaurantes agradáveis que Vila Madalena, mas com um toque mais bucólico e familiar. Ah, e é bem mais plana!
Fui também ao Santa Gula, um restaurante localizado na mesma rua Fidalga e a poucos metros do Filial. Recomendo também. Os aperitivos são lá meio exóticos e não embalam muito a quem se presta a beber apenas cerveja, embora os pratos principais sejam perfeitos e façam esquecer as entradas um pouco espartanas. Enfim, é Vila Madalena. para onde você se vire verá gente bonita, descolada e, enfim, alguns deslumbrados como eu, cada vez mais incrustado na noite paulistana.
Estudos - Na PUC, a pós em Direito Internacional vai de vento em popa. Depois de ficar angustiado me achando o último dos moicanos revolucionários, consegui perceber que ainda há vaga para um pouco de romantismo no Direito. Teorias Monista e dualista à parte, mas o conceito de que o mundo beira a Anomia sem normatização cedeu espaço à idéia de que direito internacional, talvez a pedra de toque de um mundo cada vez mais globalizado, seja uma importante ferramenta contra tanta injustiça com a qual nos deparamos hodiernamente. Enfim, E La Nave va...
Na foto, um pouco de globalização: O frio de Frankfurt, com um agasalho do Manchester United (e a quase finada ainda AIG como sponser), gorro do Madrid e Cachecol do Sporting. Na foto, este cearense que vos escreve... :)
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sábado, abril 4
sexta-feira, fevereiro 27
Botecos, Restôs y otras cositas más de Sampa - Para uma Cidade que já possui Guias como o da Folha e Veja SP, mais um palpiteiro sobre sua vida noturna é algo temerário. Aliás, já há vários blogs especializados, como o fantástico Boteclando de Bar em Bar, do Miguel Icassatti ou o Paulistânia, ambos da Veja SP.
No entanto, testemunha que sou, por estas tantas andanças pelo mundo, não poderia ficar inerte, então decidi também repassar as minhas experiências em Sampa, especialmente aqui na diletante Moema e seus infindáveis botecos e restaurantes. Busco em meus alfarrábios as dicas que vou catalogando e as publico aqui. Não joguem a primeira pedra, please!
Seu Beraldo Botequim - Localizado no lado dos índios em Moema (as ruas tem nomes indígenas do lado leste e no Oeste da avenida Ibirapuera, nomes de pássaros), na rua Jurema 90, o Seu Beraldo é um ótimo Boteco de Moema. Espaço agradável com vários telões para os dias de jogo - pasmem, coisa não muito comum como eu antes pensava - serve uma chope delicioso e vários petiscos igualmente saborosos. O dono, Fabrízio Beraldo, ótimo anfitrião e também advogado nas horas vagas, é um adendo à parte. Sempre animado, recebe os clientes com a mesma simpatia e é sempre solícito nas dicas do cardápio variado. A quem frequentar, vale a dica dos filés e da costela no Bafo. Todos, quase sempre musicais, pois o Seu Beraldo como todo bom boteco, oferece músicas ao vivo vários dias da semana.
No entanto, testemunha que sou, por estas tantas andanças pelo mundo, não poderia ficar inerte, então decidi também repassar as minhas experiências em Sampa, especialmente aqui na diletante Moema e seus infindáveis botecos e restaurantes. Busco em meus alfarrábios as dicas que vou catalogando e as publico aqui. Não joguem a primeira pedra, please!
Seu Beraldo Botequim - Localizado no lado dos índios em Moema (as ruas tem nomes indígenas do lado leste e no Oeste da avenida Ibirapuera, nomes de pássaros), na rua Jurema 90, o Seu Beraldo é um ótimo Boteco de Moema. Espaço agradável com vários telões para os dias de jogo - pasmem, coisa não muito comum como eu antes pensava - serve uma chope delicioso e vários petiscos igualmente saborosos. O dono, Fabrízio Beraldo, ótimo anfitrião e também advogado nas horas vagas, é um adendo à parte. Sempre animado, recebe os clientes com a mesma simpatia e é sempre solícito nas dicas do cardápio variado. A quem frequentar, vale a dica dos filés e da costela no Bafo. Todos, quase sempre musicais, pois o Seu Beraldo como todo bom boteco, oferece músicas ao vivo vários dias da semana.
sábado, fevereiro 14
Legião de Sádicos - O Frio voltou a São Paulo. Nem que seja por pouco tempo, mas afastou um pouco o mormaço que se abatia sobre a Cidade nos últimos dias.
A manhã destes meados de fevereiro começou abaixo dos vinte graus, numa temperatura agradável principalmente para quem não venera tanto o calor, como eu.
Um café quente, uma pincelada na Folha e na Internet e sempre aquela inconfundível sensação de querer gritar: parem o mundo que eu quero descer!
Faço minhas as palavras do Paulo Nassar em sua coluna no Portal Terra. Acho que estamos criando uma geração de sádicos. De tanto sermos doutrinados a solapar nossa inquietude com as tantas contradições, devemos estar repassando aos nossos filhos a cultura da insensibilidade. Como também diz o peota Jorge Maia em sua apresentação inicial do Orkut, é uma Ditadura da Alegria. Eu acho que essa cultura, acaba materializando os sentimentos, e nos tornando aversos à realidade que não nos apetece. E nossos filhos acabam achando que é normal conviver incólume a tanta desigualdade, preconceito e violência, só para citar alguns males hodiernos.
Enfim, destas páginas reais e virtuais, não reconheço, por diversas vezes, um traço mínimo de humanidade nas notícias que me chegam aos olhos cansados.
Um pouquinho de música inunda a penumbra de minha sala. A música me ajuda a sempre continuar otimista. Otimista por necessidade de sê-lo. Afinal acho que devemos legar aos nossos herdeiros algo mais absoluto que o valor da indiferença e da desesperança. A minha parte, faço todo dia, toda hora que posso. O bom de ser pai, penso eu, é o desejo de um mundo melhor às gerações futuras. Sem pieguice, mas só de pensar assim já fazemos um bem danado aos nossos combalidos corações.
Parafraseando outro poeta, é impossível ser feliz sozinho...
E la nave va...
A manhã destes meados de fevereiro começou abaixo dos vinte graus, numa temperatura agradável principalmente para quem não venera tanto o calor, como eu.
Um café quente, uma pincelada na Folha e na Internet e sempre aquela inconfundível sensação de querer gritar: parem o mundo que eu quero descer!
Faço minhas as palavras do Paulo Nassar em sua coluna no Portal Terra. Acho que estamos criando uma geração de sádicos. De tanto sermos doutrinados a solapar nossa inquietude com as tantas contradições, devemos estar repassando aos nossos filhos a cultura da insensibilidade. Como também diz o peota Jorge Maia em sua apresentação inicial do Orkut, é uma Ditadura da Alegria. Eu acho que essa cultura, acaba materializando os sentimentos, e nos tornando aversos à realidade que não nos apetece. E nossos filhos acabam achando que é normal conviver incólume a tanta desigualdade, preconceito e violência, só para citar alguns males hodiernos.
Enfim, destas páginas reais e virtuais, não reconheço, por diversas vezes, um traço mínimo de humanidade nas notícias que me chegam aos olhos cansados.
Um pouquinho de música inunda a penumbra de minha sala. A música me ajuda a sempre continuar otimista. Otimista por necessidade de sê-lo. Afinal acho que devemos legar aos nossos herdeiros algo mais absoluto que o valor da indiferença e da desesperança. A minha parte, faço todo dia, toda hora que posso. O bom de ser pai, penso eu, é o desejo de um mundo melhor às gerações futuras. Sem pieguice, mas só de pensar assim já fazemos um bem danado aos nossos combalidos corações.
Parafraseando outro poeta, é impossível ser feliz sozinho...
E la nave va...
quarta-feira, fevereiro 11
I am back! - Após pouco mais de um ano, voltei às atividades físicas. Depois do ter concluído o primeiro Ironman em 2007, aliás, não tinha feito mais nenhum treino. Comecei, claro, com uma pequena caminhada pelo Ibirapuera. No braço direito, finalmehte pude estrear meu Nike com o Ipod. O mundo corporativo agora se intromete até num simples treino (me desculpem meus amigos e ex-colegas de Triathlon...sei que nenhum treino é assim tão simples). Enfim, tênis, Ipod, braçadeira e os fones de ouvido, formam um conjunto que funciona muito bem por sinal. Nada que substitua o maravilhoso GPS Forerunner da Garmin, mas para quem retorna aos poucos, já ajuda bastante.
De volta, após uns 5k de caminhada (corrida só mesmo quando tiver recondicionado), a qual merece um post só dela, dou uma passada pelos links amigos deste blog. Percebo que alguns sequer ainda existem, outros estão com os links desatualizados. É o caso de minha amiga jornalista Clara Quintela, que mudou de endereço e já havia há muito mudado também de endereço físico. Sou vizinho da Clara aqui em Sampa, tinha esquecido que ela também está por estas bandas...
Aos poucos vou tirando a poeira destes recantos virtuais, pois estava muito afastado daqui.
Enfim, I'm back! In so many ways... :)
update: mais um desportista que fala maravilhas do Garmin 405, num site ótimo: E-Corredor
De volta, após uns 5k de caminhada (corrida só mesmo quando tiver recondicionado), a qual merece um post só dela, dou uma passada pelos links amigos deste blog. Percebo que alguns sequer ainda existem, outros estão com os links desatualizados. É o caso de minha amiga jornalista Clara Quintela, que mudou de endereço e já havia há muito mudado também de endereço físico. Sou vizinho da Clara aqui em Sampa, tinha esquecido que ela também está por estas bandas...
Aos poucos vou tirando a poeira destes recantos virtuais, pois estava muito afastado daqui.
Enfim, I'm back! In so many ways... :)
update: mais um desportista que fala maravilhas do Garmin 405, num site ótimo: E-Corredor
terça-feira, fevereiro 10
Manhã em Moema - Contrariando os últimos trinta e poucos anos, teimo em acordar cedo. Desperto ao som dos aviões que inundam o espaço aéreo de Moema a partir das 6 da manhã. É um ótimo despertador. Morar próximo à famosa rota do aeroporto de Congonhas, tem lá os seus privilégios.
Após as onze da noite, cessam os vôos. E para quem curte aviação, é um espetáculo à parte. Já os que não gostam e moram numa zona limítrofe como a minha, ainda há esperança nas janelas antiruído (ou seria anti-ruído?). Enfim, para um pobre escritor diletante, os pássaros metálicos trazem lampejos de inspiração.
Moema, desta Sampa irriquieta, é a sua cota-parte (ou seria cotaparte?) de sossego.
Todas as manhãs, um novo disco da coleção de Bossa Nova (que me perdoe a reforma, mas se há mudança para a palavra, me recuso - Thank you Jorge Maia...). Começo sempre com o livro-canção (bah, esqueçam!) do Dick Farney...primoroso. Vale já a coleção toda. Mas ainda há Vinícius, Tom, Nara, companhias agradáveis numa manhã de sol. Diria até necessárias. Mesmo quando penso em não mais renovar a Folha, ela me vem com uma cimeira musical dessas...
Aliás, a Folha de São Paulo chega tão cedo que às oito já li boa parte dela. Parece querer competir com o desprezo que a velocidade das notícias neste mundo meteórico, tem com a mídia impressa. Outras gerações que irão olhar os jornais de papel como objetos de museu haverão de rir disto, mas nada como dobrar um calhamaço de notícias, algumas boas outras nem tanto, enquanto se toma o café. Ou mesmo perder a página quando uma brisa leve escapa aos inúmeros edifícios e invade o partamento ainda na penumbra matutina.
Apesar de tudo, a Folha ainda me faz rememorar tempos áureos, textos idem. Ainda há o Cony, o Rossi e o Macaco Simão. Não sei bem o porquê do novo rumo que tomou a Folha. Ou até sei, mas, enfim, continua sendo um jornal que guardo debaixo do coração, apesar da mudanças dos tempos e da sua linha editorial. Mas, enfim, o que não mudou mesmo nas duas últimas décadas?
Mudou o mundo, mudam as pessoas e até parecem mudar as ideologias (como é mesmo que conseguem abalar as idéias? No entanto, quero crer que não mudo eu, apenas emudeço, aos poucos e claudicante...
Após as onze da noite, cessam os vôos. E para quem curte aviação, é um espetáculo à parte. Já os que não gostam e moram numa zona limítrofe como a minha, ainda há esperança nas janelas antiruído (ou seria anti-ruído?). Enfim, para um pobre escritor diletante, os pássaros metálicos trazem lampejos de inspiração.
Moema, desta Sampa irriquieta, é a sua cota-parte (ou seria cotaparte?) de sossego.
Todas as manhãs, um novo disco da coleção de Bossa Nova (que me perdoe a reforma, mas se há mudança para a palavra, me recuso - Thank you Jorge Maia...). Começo sempre com o livro-canção (bah, esqueçam!) do Dick Farney...primoroso. Vale já a coleção toda. Mas ainda há Vinícius, Tom, Nara, companhias agradáveis numa manhã de sol. Diria até necessárias. Mesmo quando penso em não mais renovar a Folha, ela me vem com uma cimeira musical dessas...
Aliás, a Folha de São Paulo chega tão cedo que às oito já li boa parte dela. Parece querer competir com o desprezo que a velocidade das notícias neste mundo meteórico, tem com a mídia impressa. Outras gerações que irão olhar os jornais de papel como objetos de museu haverão de rir disto, mas nada como dobrar um calhamaço de notícias, algumas boas outras nem tanto, enquanto se toma o café. Ou mesmo perder a página quando uma brisa leve escapa aos inúmeros edifícios e invade o partamento ainda na penumbra matutina.
Apesar de tudo, a Folha ainda me faz rememorar tempos áureos, textos idem. Ainda há o Cony, o Rossi e o Macaco Simão. Não sei bem o porquê do novo rumo que tomou a Folha. Ou até sei, mas, enfim, continua sendo um jornal que guardo debaixo do coração, apesar da mudanças dos tempos e da sua linha editorial. Mas, enfim, o que não mudou mesmo nas duas últimas décadas?
Mudou o mundo, mudam as pessoas e até parecem mudar as ideologias (como é mesmo que conseguem abalar as idéias? No entanto, quero crer que não mudo eu, apenas emudeço, aos poucos e claudicante...
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domingo, fevereiro 8
Crônicas em São Paulo II - Aos poucos a tímida luz solar começa a desnudar uma cidade sonolenta. Mente quem diz sê-la insone. São paulo dorme, enquanto canta o Tuim, Rouxinol e tantos outros pássaros de uma Moema que parece resistir no tempo.
Aos poucos os céus ainda escuros são rasgados pelos outros pássaros, estes metálicos, que despertam com seus motores quem ainda não queria acordar. São Paulo não mais dorme e mesmo sonolenta já mistura o moderno com o antigo, quando percebo que ainda restam tantas árvores e pássaros em seu leito.
Ontem, a natureza despejou mais algumas toneladas de água em seu solo, num espetáculo bonito e perigoso que tanto incomoda aos que não aceitam que antes, reinava a natureza neste lugar tranquilo.
São Paulo é uma metrópole que fascina por sua jovialidade. Por mais que não a percebam, é uma cidade onde a Natureza desperta todo dia, embora muitos ainda teimem em buscá-la em outras paragens, longe daqui.
As guias começam a ser atacadas pelos veículos. As pessoas iniciam o dia rumo ao parque, neste domingo agradável de verão.
O sol que ainda escapa a tantas construções, chega aos poucos à minha pele que descansa à varanda de um dos milhares de edifícios paulistanos. O dia vai sendo modificado com um espetáculo de cores onde o azul do céu não se deixa esconder, mesmo que intimidado pelo monóxido de carbono que ainda há por aqui. Um dia será diferente.
Enquanto isso, um atento observador namora a Cidade que não parce dormir. E desperta, lentamente, junto dela. Em seu colo...
Aos poucos os céus ainda escuros são rasgados pelos outros pássaros, estes metálicos, que despertam com seus motores quem ainda não queria acordar. São Paulo não mais dorme e mesmo sonolenta já mistura o moderno com o antigo, quando percebo que ainda restam tantas árvores e pássaros em seu leito.
Ontem, a natureza despejou mais algumas toneladas de água em seu solo, num espetáculo bonito e perigoso que tanto incomoda aos que não aceitam que antes, reinava a natureza neste lugar tranquilo.
São Paulo é uma metrópole que fascina por sua jovialidade. Por mais que não a percebam, é uma cidade onde a Natureza desperta todo dia, embora muitos ainda teimem em buscá-la em outras paragens, longe daqui.
As guias começam a ser atacadas pelos veículos. As pessoas iniciam o dia rumo ao parque, neste domingo agradável de verão.
O sol que ainda escapa a tantas construções, chega aos poucos à minha pele que descansa à varanda de um dos milhares de edifícios paulistanos. O dia vai sendo modificado com um espetáculo de cores onde o azul do céu não se deixa esconder, mesmo que intimidado pelo monóxido de carbono que ainda há por aqui. Um dia será diferente.
Enquanto isso, um atento observador namora a Cidade que não parce dormir. E desperta, lentamente, junto dela. Em seu colo...
domingo, dezembro 28
O Sol Alencarino - O máximo que me permito nestes dias em casa é observar a família deleitando-se ao sol e mar da bela Capital alencarina. Sou homem de sombra e água fresca, acho que minha quota de sol foi quase toda gasta nos infindáveis treinos em mar e céu aberto durante os anos de triathlon.
Mas não por acaso meu romance chamar-se-á Praia. E este ano, espero mas não prometo, ele há de sair de minha mente ao prelo.
No mais, Fortal já rendeu a boa nova de voltar a escrever. Tava devendo de há muito escrever alguma coisa por aqui. A paisagem etérea de Fortaleza serve para isto muito bem. O contraste com uma São Paulo que não pára nunca serve para recarregar as baterias, mesmo este vosso escriba sedento do retorno à incessante rotina de Sampa, pontuada com visitas esporádicas aos seus botecos, restaurantes e cantinhos únicos. Naquela cidade corre uma adrenalina por suas ruas fumegantes, nos rostos desconhecidos e cansados que as inundam. Ao contrário do que pensei inicialmente, entretanto, foi de braços abertos que fomos recebidos. A remessa à obra-prima de Camus não é por acaso por muitas vezes. Mais ainda quando relembro do "debut" de Fernando Sabino e o seu Eduardo Marciano, estrangeiro e de encontro marcado com o imponderável. Ave, Sampa!
Em casa, neste litoral inesgotável de Fortaleza, pontuo os dias com filmes e shows vários no telão da sala. Foi um dia desses que nos mudamos ao novo lar aqui em Fortal, mas tudo é novidade de tanto tempo que parece ter se passado.
Tempo, tempo, tempo, tempo....
La Joie de Vivre - è bom poder enxergar o Deus das pequenas coisas. A tal da felicidade, pieguece à parte, está sempre bem diante dos nossos olhos, e acaba sobrevivendo à geografia ao clima de demais intempéries do mundo. Acho que mais difícil do que ser feliz é conseguir enxergar que somos sim felizes com tão pouco e que nossa ânsia desenfreada em encobrir nossa ignorância com bens materiais é o grande problema. A grande sacada da vida, em minha humilde e questionável ótica, é conseguir aceitar a felicidade que sempre fica batendo à nossa porta. Eu, que tento claudicante fazer a minha parte, sei que ainda é pouco, mas sempre tento me tornar uma pessoa melhor à sociedade.
Certamente o discurso não cabe a todos, mas deveria servir à casta privilegiada que pode desfrutar da vida sem passar fome. Nossa tristeza latente e premente, só pode ser atribuída às injustiças sociais gritantes de nosso País e do mundo, lembrando sempre que mesmo muitos dos injustiçados ainda conseguem sorrir mais do que a maioria dos abonados social e economicamente de nosso Brasil. Quando digo tristeza, porque é impossível a quem tem consciência, ser feliz plenamente quando tantos irmãos padecem das necessidades mais básicas, mas ao mesmo tempo, que em vez de tristes, nos tornemos inquietos e inconformados, pois o conformismo há de ser o mal de todos os séculos.
Não ouso discorrer de forma mais aprofundada - por pura ignorância mesmo - sobre sociologia, mas rendo este desabafo e aprendo a ter ainda mais esperança em nosso planetinha azul quando vejo pessoas como o meu Cientista Político predileto, Leonardo Damasceno, o qual, en passant em nossa festa familiar de Natal, acabara de regressar do evento natalino que organizou com outros companheiros, no
Serviluz, comunidade tachada de carente em nossa Cidade. Enquanto muitos se entupiam de comida à vontade pelos quatro cantos, lá estava o meu herói e irmão Léo com sua idéia fixa e intocável de tornar este mundo melhor. Espero poder ajudá-lo em breve, pois o entusiamo dele é instigante. Ave, Léo!!!
Mas não por acaso meu romance chamar-se-á Praia. E este ano, espero mas não prometo, ele há de sair de minha mente ao prelo.
No mais, Fortal já rendeu a boa nova de voltar a escrever. Tava devendo de há muito escrever alguma coisa por aqui. A paisagem etérea de Fortaleza serve para isto muito bem. O contraste com uma São Paulo que não pára nunca serve para recarregar as baterias, mesmo este vosso escriba sedento do retorno à incessante rotina de Sampa, pontuada com visitas esporádicas aos seus botecos, restaurantes e cantinhos únicos. Naquela cidade corre uma adrenalina por suas ruas fumegantes, nos rostos desconhecidos e cansados que as inundam. Ao contrário do que pensei inicialmente, entretanto, foi de braços abertos que fomos recebidos. A remessa à obra-prima de Camus não é por acaso por muitas vezes. Mais ainda quando relembro do "debut" de Fernando Sabino e o seu Eduardo Marciano, estrangeiro e de encontro marcado com o imponderável. Ave, Sampa!
Em casa, neste litoral inesgotável de Fortaleza, pontuo os dias com filmes e shows vários no telão da sala. Foi um dia desses que nos mudamos ao novo lar aqui em Fortal, mas tudo é novidade de tanto tempo que parece ter se passado.
Tempo, tempo, tempo, tempo....
La Joie de Vivre - è bom poder enxergar o Deus das pequenas coisas. A tal da felicidade, pieguece à parte, está sempre bem diante dos nossos olhos, e acaba sobrevivendo à geografia ao clima de demais intempéries do mundo. Acho que mais difícil do que ser feliz é conseguir enxergar que somos sim felizes com tão pouco e que nossa ânsia desenfreada em encobrir nossa ignorância com bens materiais é o grande problema. A grande sacada da vida, em minha humilde e questionável ótica, é conseguir aceitar a felicidade que sempre fica batendo à nossa porta. Eu, que tento claudicante fazer a minha parte, sei que ainda é pouco, mas sempre tento me tornar uma pessoa melhor à sociedade.
Certamente o discurso não cabe a todos, mas deveria servir à casta privilegiada que pode desfrutar da vida sem passar fome. Nossa tristeza latente e premente, só pode ser atribuída às injustiças sociais gritantes de nosso País e do mundo, lembrando sempre que mesmo muitos dos injustiçados ainda conseguem sorrir mais do que a maioria dos abonados social e economicamente de nosso Brasil. Quando digo tristeza, porque é impossível a quem tem consciência, ser feliz plenamente quando tantos irmãos padecem das necessidades mais básicas, mas ao mesmo tempo, que em vez de tristes, nos tornemos inquietos e inconformados, pois o conformismo há de ser o mal de todos os séculos.
Não ouso discorrer de forma mais aprofundada - por pura ignorância mesmo - sobre sociologia, mas rendo este desabafo e aprendo a ter ainda mais esperança em nosso planetinha azul quando vejo pessoas como o meu Cientista Político predileto, Leonardo Damasceno, o qual, en passant em nossa festa familiar de Natal, acabara de regressar do evento natalino que organizou com outros companheiros, no
Serviluz, comunidade tachada de carente em nossa Cidade. Enquanto muitos se entupiam de comida à vontade pelos quatro cantos, lá estava o meu herói e irmão Léo com sua idéia fixa e intocável de tornar este mundo melhor. Espero poder ajudá-lo em breve, pois o entusiamo dele é instigante. Ave, Léo!!!
sexta-feira, dezembro 26
Crônico em Fortaleza - Tudo como dantes no reino de abrantes...
Acho que é tempo de desempoeirar este espaço anômico. A letargia que me ataca em Fortal tem dessas coisas. Acho que também preciso de dois anos sabáticos em Sampa, pois aqui em Fortal, tirando rever a família, amigos etc e tals, me parece que pouca coisa muda em nossa Cidade maravilhosa.
Fico, portanto, imerso em divagações extemporâneas, aguardando a data de retorno a Sampa.
Aliás, como sou grato a São Paulo. Sinto-me magoado quando os próprios paulistas desfazem tanto da sua - deles e nossa - Cidade. Sampa é muito mais do que imaginamos e muito menos do que esperamos, é verdade. A César o que é de César, entretanto.
Foi - e é ela - quem cuida de meu querido rebento, o Poetinha Vinícius que tão bem tratado foi por aquela Cidade. É dela a naturalidade de meu caçula, estampada em sua Certidão de Nascimento.
E eu fico perdido, aqui em Fortal, a lembrar dos cantos e recantos paulistas. Dos infindáveis botequins de Moema. Do Ibirapuera e do monóxido de carbono que os inunda.
Sampa é tudo isso e muito mais.
Aqui em Fortaleza, sei que há uma praia distante. Mas eu preferia estar emerso no ar não tão puro da megalópole paulistana. Jogue a primeira pedra quem nunca foi saudoso de sentir-se perdido.
Eu que me encontrei, anseio por me perder novamente, no colo solitário e tão prazeroso de minha família de cinco. Em Sampa os encontro de novo. Por enquanto, não posso sê-lo tão egoísta e os reparto com os outros tantos saudosos.
E viva São Paulo...
Acho que é tempo de desempoeirar este espaço anômico. A letargia que me ataca em Fortal tem dessas coisas. Acho que também preciso de dois anos sabáticos em Sampa, pois aqui em Fortal, tirando rever a família, amigos etc e tals, me parece que pouca coisa muda em nossa Cidade maravilhosa.
Fico, portanto, imerso em divagações extemporâneas, aguardando a data de retorno a Sampa.
Aliás, como sou grato a São Paulo. Sinto-me magoado quando os próprios paulistas desfazem tanto da sua - deles e nossa - Cidade. Sampa é muito mais do que imaginamos e muito menos do que esperamos, é verdade. A César o que é de César, entretanto.
Foi - e é ela - quem cuida de meu querido rebento, o Poetinha Vinícius que tão bem tratado foi por aquela Cidade. É dela a naturalidade de meu caçula, estampada em sua Certidão de Nascimento.
E eu fico perdido, aqui em Fortal, a lembrar dos cantos e recantos paulistas. Dos infindáveis botequins de Moema. Do Ibirapuera e do monóxido de carbono que os inunda.
Sampa é tudo isso e muito mais.
Aqui em Fortaleza, sei que há uma praia distante. Mas eu preferia estar emerso no ar não tão puro da megalópole paulistana. Jogue a primeira pedra quem nunca foi saudoso de sentir-se perdido.
Eu que me encontrei, anseio por me perder novamente, no colo solitário e tão prazeroso de minha família de cinco. Em Sampa os encontro de novo. Por enquanto, não posso sê-lo tão egoísta e os reparto com os outros tantos saudosos.
E viva São Paulo...
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Cada um tem a sua terapia. Há os que correm, pintam, cantam... Minha maior terapia é escrever. Posso ser o que sou, o que nu...
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Novo Blog Resolvidos os problemas técnicos, aparentemente. O Novo Anomia voltou para o Blogueisso. Cliquem Aqui e conheçam o NOVO ANOMIA ...
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Excelência em Gastronomia - Estou de volta. Finalmente, após dois anos em São Paulo, numa hercúlea tarefa familiar e já tendo retornado a F...