sábado, fevereiro 14

Legião de Sádicos - O Frio voltou a São Paulo. Nem que seja por pouco tempo, mas afastou um pouco o mormaço que se abatia sobre a Cidade nos últimos dias.
A manhã destes meados de fevereiro começou abaixo dos vinte graus, numa temperatura agradável principalmente para quem não venera tanto o calor, como eu.
Um café quente, uma pincelada na Folha e na Internet e sempre aquela inconfundível sensação de querer gritar: parem o mundo que eu quero descer!

Faço minhas as palavras do Paulo Nassar em sua coluna no Portal Terra. Acho que estamos criando uma geração de sádicos. De tanto sermos doutrinados a solapar nossa inquietude com as tantas contradições, devemos estar repassando aos nossos filhos a cultura da insensibilidade. Como também diz o peota Jorge Maia em sua apresentação inicial do Orkut, é uma Ditadura da Alegria. Eu acho que essa cultura, acaba materializando os sentimentos, e nos tornando aversos à realidade que não nos apetece. E nossos filhos acabam achando que é normal conviver incólume a tanta desigualdade, preconceito e violência, só para citar alguns males hodiernos.
Enfim, destas páginas reais e virtuais, não reconheço, por diversas vezes, um traço mínimo de humanidade nas notícias que me chegam aos olhos cansados.

Um pouquinho de música inunda a penumbra de minha sala. A música me ajuda a sempre continuar otimista. Otimista por necessidade de sê-lo. Afinal acho que devemos legar aos nossos herdeiros algo mais absoluto que o valor da indiferença e da desesperança. A minha parte, faço todo dia, toda hora que posso. O bom de ser pai, penso eu, é o desejo de um mundo melhor às gerações futuras. Sem pieguice, mas só de pensar assim já fazemos um bem danado aos nossos combalidos corações.

Parafraseando outro poeta, é impossível ser feliz sozinho...
E la nave va...

Um comentário:

  1. É sempre bom passar por aqui e matar as saudades das anômicas informações e comentários seus.

    Nonato Albuquerque
    gentedemidia.blogspot.com

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Cada um tem a sua terapia. Há os que correm, pintam, cantam... Minha maior terapia é escrever. Posso ser o que sou, o que nu...