I am back! - Após pouco mais de um ano, voltei às atividades físicas. Depois do ter concluído o primeiro Ironman em 2007, aliás, não tinha feito mais nenhum treino. Comecei, claro, com uma pequena caminhada pelo Ibirapuera. No braço direito, finalmehte pude estrear meu Nike com o Ipod. O mundo corporativo agora se intromete até num simples treino (me desculpem meus amigos e ex-colegas de Triathlon...sei que nenhum treino é assim tão simples). Enfim, tênis, Ipod, braçadeira e os fones de ouvido, formam um conjunto que funciona muito bem por sinal. Nada que substitua o maravilhoso GPS Forerunner da Garmin, mas para quem retorna aos poucos, já ajuda bastante.
De volta, após uns 5k de caminhada (corrida só mesmo quando tiver recondicionado), a qual merece um post só dela, dou uma passada pelos links amigos deste blog. Percebo que alguns sequer ainda existem, outros estão com os links desatualizados. É o caso de minha amiga jornalista Clara Quintela, que mudou de endereço e já havia há muito mudado também de endereço físico. Sou vizinho da Clara aqui em Sampa, tinha esquecido que ela também está por estas bandas...
Aos poucos vou tirando a poeira destes recantos virtuais, pois estava muito afastado daqui.
Enfim, I'm back! In so many ways... :)
update: mais um desportista que fala maravilhas do Garmin 405, num site ótimo: E-Corredor
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quarta-feira, fevereiro 11
terça-feira, fevereiro 10
Manhã em Moema - Contrariando os últimos trinta e poucos anos, teimo em acordar cedo. Desperto ao som dos aviões que inundam o espaço aéreo de Moema a partir das 6 da manhã. É um ótimo despertador. Morar próximo à famosa rota do aeroporto de Congonhas, tem lá os seus privilégios.
Após as onze da noite, cessam os vôos. E para quem curte aviação, é um espetáculo à parte. Já os que não gostam e moram numa zona limítrofe como a minha, ainda há esperança nas janelas antiruído (ou seria anti-ruído?). Enfim, para um pobre escritor diletante, os pássaros metálicos trazem lampejos de inspiração.
Moema, desta Sampa irriquieta, é a sua cota-parte (ou seria cotaparte?) de sossego.
Todas as manhãs, um novo disco da coleção de Bossa Nova (que me perdoe a reforma, mas se há mudança para a palavra, me recuso - Thank you Jorge Maia...). Começo sempre com o livro-canção (bah, esqueçam!) do Dick Farney...primoroso. Vale já a coleção toda. Mas ainda há Vinícius, Tom, Nara, companhias agradáveis numa manhã de sol. Diria até necessárias. Mesmo quando penso em não mais renovar a Folha, ela me vem com uma cimeira musical dessas...
Aliás, a Folha de São Paulo chega tão cedo que às oito já li boa parte dela. Parece querer competir com o desprezo que a velocidade das notícias neste mundo meteórico, tem com a mídia impressa. Outras gerações que irão olhar os jornais de papel como objetos de museu haverão de rir disto, mas nada como dobrar um calhamaço de notícias, algumas boas outras nem tanto, enquanto se toma o café. Ou mesmo perder a página quando uma brisa leve escapa aos inúmeros edifícios e invade o partamento ainda na penumbra matutina.
Apesar de tudo, a Folha ainda me faz rememorar tempos áureos, textos idem. Ainda há o Cony, o Rossi e o Macaco Simão. Não sei bem o porquê do novo rumo que tomou a Folha. Ou até sei, mas, enfim, continua sendo um jornal que guardo debaixo do coração, apesar da mudanças dos tempos e da sua linha editorial. Mas, enfim, o que não mudou mesmo nas duas últimas décadas?
Mudou o mundo, mudam as pessoas e até parecem mudar as ideologias (como é mesmo que conseguem abalar as idéias? No entanto, quero crer que não mudo eu, apenas emudeço, aos poucos e claudicante...
Após as onze da noite, cessam os vôos. E para quem curte aviação, é um espetáculo à parte. Já os que não gostam e moram numa zona limítrofe como a minha, ainda há esperança nas janelas antiruído (ou seria anti-ruído?). Enfim, para um pobre escritor diletante, os pássaros metálicos trazem lampejos de inspiração.
Moema, desta Sampa irriquieta, é a sua cota-parte (ou seria cotaparte?) de sossego.
Todas as manhãs, um novo disco da coleção de Bossa Nova (que me perdoe a reforma, mas se há mudança para a palavra, me recuso - Thank you Jorge Maia...). Começo sempre com o livro-canção (bah, esqueçam!) do Dick Farney...primoroso. Vale já a coleção toda. Mas ainda há Vinícius, Tom, Nara, companhias agradáveis numa manhã de sol. Diria até necessárias. Mesmo quando penso em não mais renovar a Folha, ela me vem com uma cimeira musical dessas...
Aliás, a Folha de São Paulo chega tão cedo que às oito já li boa parte dela. Parece querer competir com o desprezo que a velocidade das notícias neste mundo meteórico, tem com a mídia impressa. Outras gerações que irão olhar os jornais de papel como objetos de museu haverão de rir disto, mas nada como dobrar um calhamaço de notícias, algumas boas outras nem tanto, enquanto se toma o café. Ou mesmo perder a página quando uma brisa leve escapa aos inúmeros edifícios e invade o partamento ainda na penumbra matutina.
Apesar de tudo, a Folha ainda me faz rememorar tempos áureos, textos idem. Ainda há o Cony, o Rossi e o Macaco Simão. Não sei bem o porquê do novo rumo que tomou a Folha. Ou até sei, mas, enfim, continua sendo um jornal que guardo debaixo do coração, apesar da mudanças dos tempos e da sua linha editorial. Mas, enfim, o que não mudou mesmo nas duas últimas décadas?
Mudou o mundo, mudam as pessoas e até parecem mudar as ideologias (como é mesmo que conseguem abalar as idéias? No entanto, quero crer que não mudo eu, apenas emudeço, aos poucos e claudicante...
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domingo, fevereiro 8
Crônicas em São Paulo II - Aos poucos a tímida luz solar começa a desnudar uma cidade sonolenta. Mente quem diz sê-la insone. São paulo dorme, enquanto canta o Tuim, Rouxinol e tantos outros pássaros de uma Moema que parece resistir no tempo.
Aos poucos os céus ainda escuros são rasgados pelos outros pássaros, estes metálicos, que despertam com seus motores quem ainda não queria acordar. São Paulo não mais dorme e mesmo sonolenta já mistura o moderno com o antigo, quando percebo que ainda restam tantas árvores e pássaros em seu leito.
Ontem, a natureza despejou mais algumas toneladas de água em seu solo, num espetáculo bonito e perigoso que tanto incomoda aos que não aceitam que antes, reinava a natureza neste lugar tranquilo.
São Paulo é uma metrópole que fascina por sua jovialidade. Por mais que não a percebam, é uma cidade onde a Natureza desperta todo dia, embora muitos ainda teimem em buscá-la em outras paragens, longe daqui.
As guias começam a ser atacadas pelos veículos. As pessoas iniciam o dia rumo ao parque, neste domingo agradável de verão.
O sol que ainda escapa a tantas construções, chega aos poucos à minha pele que descansa à varanda de um dos milhares de edifícios paulistanos. O dia vai sendo modificado com um espetáculo de cores onde o azul do céu não se deixa esconder, mesmo que intimidado pelo monóxido de carbono que ainda há por aqui. Um dia será diferente.
Enquanto isso, um atento observador namora a Cidade que não parce dormir. E desperta, lentamente, junto dela. Em seu colo...
Aos poucos os céus ainda escuros são rasgados pelos outros pássaros, estes metálicos, que despertam com seus motores quem ainda não queria acordar. São Paulo não mais dorme e mesmo sonolenta já mistura o moderno com o antigo, quando percebo que ainda restam tantas árvores e pássaros em seu leito.
Ontem, a natureza despejou mais algumas toneladas de água em seu solo, num espetáculo bonito e perigoso que tanto incomoda aos que não aceitam que antes, reinava a natureza neste lugar tranquilo.
São Paulo é uma metrópole que fascina por sua jovialidade. Por mais que não a percebam, é uma cidade onde a Natureza desperta todo dia, embora muitos ainda teimem em buscá-la em outras paragens, longe daqui.
As guias começam a ser atacadas pelos veículos. As pessoas iniciam o dia rumo ao parque, neste domingo agradável de verão.
O sol que ainda escapa a tantas construções, chega aos poucos à minha pele que descansa à varanda de um dos milhares de edifícios paulistanos. O dia vai sendo modificado com um espetáculo de cores onde o azul do céu não se deixa esconder, mesmo que intimidado pelo monóxido de carbono que ainda há por aqui. Um dia será diferente.
Enquanto isso, um atento observador namora a Cidade que não parce dormir. E desperta, lentamente, junto dela. Em seu colo...
sexta-feira, dezembro 26
Crônico em Fortaleza - Tudo como dantes no reino de abrantes...
Acho que é tempo de desempoeirar este espaço anômico. A letargia que me ataca em Fortal tem dessas coisas. Acho que também preciso de dois anos sabáticos em Sampa, pois aqui em Fortal, tirando rever a família, amigos etc e tals, me parece que pouca coisa muda em nossa Cidade maravilhosa.
Fico, portanto, imerso em divagações extemporâneas, aguardando a data de retorno a Sampa.
Aliás, como sou grato a São Paulo. Sinto-me magoado quando os próprios paulistas desfazem tanto da sua - deles e nossa - Cidade. Sampa é muito mais do que imaginamos e muito menos do que esperamos, é verdade. A César o que é de César, entretanto.
Foi - e é ela - quem cuida de meu querido rebento, o Poetinha Vinícius que tão bem tratado foi por aquela Cidade. É dela a naturalidade de meu caçula, estampada em sua Certidão de Nascimento.
E eu fico perdido, aqui em Fortal, a lembrar dos cantos e recantos paulistas. Dos infindáveis botequins de Moema. Do Ibirapuera e do monóxido de carbono que os inunda.
Sampa é tudo isso e muito mais.
Aqui em Fortaleza, sei que há uma praia distante. Mas eu preferia estar emerso no ar não tão puro da megalópole paulistana. Jogue a primeira pedra quem nunca foi saudoso de sentir-se perdido.
Eu que me encontrei, anseio por me perder novamente, no colo solitário e tão prazeroso de minha família de cinco. Em Sampa os encontro de novo. Por enquanto, não posso sê-lo tão egoísta e os reparto com os outros tantos saudosos.
E viva São Paulo...
Acho que é tempo de desempoeirar este espaço anômico. A letargia que me ataca em Fortal tem dessas coisas. Acho que também preciso de dois anos sabáticos em Sampa, pois aqui em Fortal, tirando rever a família, amigos etc e tals, me parece que pouca coisa muda em nossa Cidade maravilhosa.
Fico, portanto, imerso em divagações extemporâneas, aguardando a data de retorno a Sampa.
Aliás, como sou grato a São Paulo. Sinto-me magoado quando os próprios paulistas desfazem tanto da sua - deles e nossa - Cidade. Sampa é muito mais do que imaginamos e muito menos do que esperamos, é verdade. A César o que é de César, entretanto.
Foi - e é ela - quem cuida de meu querido rebento, o Poetinha Vinícius que tão bem tratado foi por aquela Cidade. É dela a naturalidade de meu caçula, estampada em sua Certidão de Nascimento.
E eu fico perdido, aqui em Fortal, a lembrar dos cantos e recantos paulistas. Dos infindáveis botequins de Moema. Do Ibirapuera e do monóxido de carbono que os inunda.
Sampa é tudo isso e muito mais.
Aqui em Fortaleza, sei que há uma praia distante. Mas eu preferia estar emerso no ar não tão puro da megalópole paulistana. Jogue a primeira pedra quem nunca foi saudoso de sentir-se perdido.
Eu que me encontrei, anseio por me perder novamente, no colo solitário e tão prazeroso de minha família de cinco. Em Sampa os encontro de novo. Por enquanto, não posso sê-lo tão egoísta e os reparto com os outros tantos saudosos.
E viva São Paulo...
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