quinta-feira, março 14

Descompasso


Retratos da Vida – Meu pensamento trafega entre os ares cálidos alencarinos e os pampas do Sul. Minha alma acompanha, e pensa nos verdes mares, nos verdes campos, nos verdes olhos da mulher que mira à distância minha íris, distantes. À mesma cor que percorre de cor os mares de minha terra. Se há mares, se amares…
Em tantas planícies, em tantos lugares, alhures, algures, algozes de minha alma que ruma errante nos cantos do mundo, teus olhos inebriantes me dissipam a noite de “fog” e a dor lancinante.
No vídeo, Claude Lelouch baila sua arte à sétima proporção dos acordes de Ravel, Retratos da Vida me emociona os olhos cansados, notívagos, tristonhos. Um Bolero ao fim da noite me faz lembrar de você, enquanto minha saudade vaga, clemente, entre os mares do norte e os pampas do sul, sem norte ao sul, quiçá, assaz de sorte ao norte, tão cru. Le Grand Cru et mon amour, ne pas possible…
A vida claudicante, errante, nascente e crescente, trafega entre nossos polos, mas de tudo que me aflige a alma que escorre pelas ladeiras da Liberdade paulistana, somente me aguça a curiosidade o refletir no porquê de meu sono perder o rítmo às noites, ao ver em sonho o verde de teus olhos indecentes.

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Porque escrevo

Cada um tem a sua terapia. Há os que correm, pintam, cantam... Minha maior terapia é escrever. Posso ser o que sou, o que nu...