No dia 23, irrompeu na mídia, principalmente após a caminhada feita pelos humoristas no Rio de Janeiro, a polêmica em torno de uma vetusta Lei Eleitoral, cuja interpretação dada pelo TSE, impedia manifestação humorística sobre os candidatos.
Provocado pelo amigo @gravz, me posicionei de imediato sobre o assunto, como sempre costumo fazer em quaisquer causas que envolvam o direito e ofensa às liberdades civis:
Tendo em vista que entendia inconstitucional, mirei numa liminar. Sugeri portanto que a própria entidade dos Artistas, ou outra de âmbito nacional, propusesse uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade). Assim afirmei, visto que um dos cabeças do movimento, o humorista Fábio Porchat, recolhia assinaturas no dia da caminhada, a fim de que a Lei fosse alterada através de uma nova Lei, se apostas um milhão de assinaturas.
Sabendo que uma ADI seria formalmente mais prática, ao contrário do amigo Gravz que propunha mais protestos (que eu igualmente concordava) minha verve constitucionalista me forçava a ir além, ao confrontamento logo perante nosso Pretório Excelso, em vez de termos todos os artistas tolhidos até a provável (mas demorada) escolha de outro caminho jurídico:
Na madrugada do dia seguinte, assunto ainda em pauta, lembrei do Léo Jaime, que retuitou a mensagem aos seus milhares de seguidores, muitos dos quais artistas que também participaram do Protesto:
O querido Leo Jaime, que participara do protesto, e também fez a gentileza de retuitar nossa idéia aos seus milhares de seguidores, é mais um exemplo de militância (boa) civil no Twitter. Eis que, passado menos de uma semana, hoje, o próprio STF nos brinda com a boa notícia: a ABERT, que abraçou a causa, via ADI, conseguiu liminar impedindo a absurda proibição de livre expressão e laboral dos artistas.
Se por acaso alguém se mirou na minha humilde sugestão, não importa. O escopo deste post é basicamente para dizer que movimentações populares são importantes. E elas hoje, quase que essencialmente, passam (ou nascem) no Twitter. E que me perdoe o amigo Gravata Merengue (vulgo Fernando Gravz), do blog Imprensa Marrom, solidário no movimento mas destoante do método jurídico à causa, mas acho que ele há de concordar que nesta ao menos, eu tinha razão! :)
E vamos torcer para que os humoristas, cartunistas e todos artistas que fazem do Brasil um local livre e alegre com sua sátira maravilhosa, façam o seu honroso mister com a liberdade que a Constituição lhes garante, e continuem a fazer muita sátira aos tantos políticos sem graça pelo Brasil afora! :)
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sexta-feira, agosto 27
Um comentário:
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O Brasil é de fato, uma grande piada para qualquer humorista se fazer. Curioso é a atitude destes imbecis que se dizem, favoráveis a liberdade de expressão. Por que se dóem tanto por tão pouco. Por que não se dóem com a miséria alheia, violência contra a mulher e crianças? Por que essa ''revoltinha discarada'' em torno de suas próprias ''palhaçadas?''. O Brasil é um enorme ''fantoche'' de autarquias e oligarquias, afundadas em podridão nefasta. O Brasil retrógrado, de hipócritas e demagogos. Claro que esse ''circo'' todo, de ''PSDBistas'', PTistas e tantos outros ''istas'', ficam se mordendo toda vez que alguém faz uma piadinha sobre eles, por que a verdade, ainda que bem humorada, dói na cara deslavada de alguns seres maléficos a nossa sociedade. São palhaços que choram sua própria dor ante qualquer sintoma de riso quando a piada sai sem graça.
ResponderExcluirPortanto, é dever dos humoristas, serem cada vez mais ''remédio'' para as ''dores'' do povo contra o ''câncer'' chamado politica brasileira.
Alegria, alegria! Risos e mais risos...
Parabéns pelo blog!
Jhonas Silva
www.twitter.com/JhonasSilva